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VENEZUELA

Venezuela: Tensão ao rubro

A oposição venezuelana voltou a mobilizar-se em várias cidades exigindo o referendo revocatório visando destituir o presidente Nicolas Maduro. Um processo suspenso pelo regime que alegara irregularidades na recolha de assinaturas para o efeito.

Desacatos entre os deputados da Mesa da unidade democrática (MUD) e do Partido socialista unificado da Venezuela (PSUV) no parlamento em Caracas, a 25 de Outubro de 2016.
Desacatos entre os deputados da Mesa da unidade democrática (MUD) e do Partido socialista unificado da Venezuela (PSUV) no parlamento em Caracas, a 25 de Outubro de 2016. REUTERS/Marco Bello
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Esta medida do fim de semana passado veio agudizar ainda mais a forte crispação política entre o sucessor de Hugo Chavez e a oposição, maioritária no parlamento.

Os dois lados têm-se vindo a acusar mutuamente de serem golpistas num contexto de profunda crise económica e de escassez de bens de primeira necessidade ou de medicamentos, com uma inflação estimada pelo FMI de 475% para o ano em curso.

O governo de esquerda de Caracas, apoiado por Cuba, tem-se tornado também muito impopular na própria região com críticas à sua postura tida como anti-democrática e esteve na origem da crise da liderança do Mercosul, organização de integração regional, numa altura em que esta deveria ficar sob presidência venezuelana.

Em Caracas foram dezenas de milhar de pessoas a manifestar-se "pelos direitos constitucionais e contra o golpe (de Estado)" conforme dizia na sua página Twitter o antigo candidato presidencial Henrique Capriles, o principal promotor do referendo.

Muitas lojas mantiveram-se fechadas num dia em que os partidários do chefe de Estado afluíram também aos arredores do palácio de Miraflores denunciando um "golpe parlamentar", uma assembleia renovada em Dezembro de 2015 a que a justiça, aliás, acabara por retirar a legitimidade.

O Vaticano anunciara no início da semana o início de negociações sob os seus auspícios entre as partes desavindas na Venezuela.

Fernando Campos, conselheiro das comunidades portuguesas em Caracas, alega que a vida dos venezuelanos se tem degradado a tal ponto temendo que a crise social possa vir a degenerar em violência.

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Situação preocupante na Venezuela segundo Fernando Campos

Este mesmo dirigente alega que constitucionalmente será muito difícil desbloquear o impasse actual e denuncia estar a viver-se na Venezuela numa democracia interditada.

 

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Democracia em perigo na Venezuela segundo Fernando Campos

 

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