Protestos pró-Palestina continuam a ocupar universidades nos Estados Unidos e em França

Na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, a reitora acabou por voltar atrás na intenção de evacuar o campus após uma semana de ocupação dos activistas pró-Palestina. Também em França, a reputada universidade Sciences Po, em Paris, está a ser ocupada por manifestantes.

As manifestações na Universidade de Columbia inquietam as autoridades norte-americanas. REUTERS - Caitlin Ochs

Após centenas de detenções na semana passada na Universidade de Columbia e um aviso de evacuação do campus que deveria acontecer hoje devido às manifestações e ocupações pró-Palestina, a reitora de Columbia, Minouche Shafik, voltou atrás e disse que as negociações com os estudantes estão em curso, tentando resolver o impasse de forma pacífica.

Há 10 dias que os estudantes da Universidade Columbia, uma das mais reputadas dos Estados Unidos, estão mobilizados para travar a guerra em Gaza tendo montado um acampamento no campus. Este movimento generalizou-se a várias universidade norte-americanas, incluindo Harvard, Yale e Princeton.

Uma das reivindicações destes alunos é que as universidades cortem os laços com Israel, pedindo para que as contribuições dos mecenas judeus deixem de ser aceites. Para os estudantes judeus em Columbia e de outras universidade estes protestos são antisemitas, fazendo com que muitos tenham medo de ir às aulas, o que levou à intervenção da polícia a várias detenções.

Em França, também há uma forte mobilização dos estudantes pró-Palestina, cerca de 50 jovens ocuparam a universidade de ontem para hoje. Esta manhã, os jovens bloquearam a entrada de outros estudantes e pedem "a condenação clara de Israel pela Sciences Po" e o fim de "todas as colaborações com entidade que apoiem a opressão sistémica do povo palestiniano".