Protestos nas Universidades norte-americanas estendem-se ao Canadá
A mobilização pró-palestiniana nas Universidades continua nos Estados Unidos, como por exemplo na Universidade George Washington, em Washington, isto após o desmantelamento dos acampamentos nas Universidades de Columbia e UCLA. O movimento estende-se agora às universidades no Canadá.
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No Parque da Universidade George Washington, a menos de um quilómetro da Casa Branca, não há cartazes, não há gritos, mas o número de manifestantes está a crescer cada vez mais, aliás o acampamento vai até à estrada, fechada à circulação.
Neste acampamento, não há tensão entre a polícia e os estudantes, não se compara com as imagens de violência em Nova Iorque e em Los Angeles.
No que diz respeito às reivindicações, o movimento estudantil pede o abandono dos laços financeiros entre a Universidade e empresas que, segundo os estudantes, participam à guerra em Gaza.
A direcção da Universidade já pediu o desmantelamento do acampamento, mas até agora a Câmara Municipal de Washington não deu o seu aval.
Este movimento de contestação estende-se agora ao Canadá onde seis acampamentos já estão activos em várias universidades. Por enquanto, nenhuma Universidade pediu o desmantelamento dos acampamentos pela polícia que tem, no entanto, vigiado esses lugares.
Faz, pelo menos, uma semana que estudantes manifestam na Universidade McGill em Montreal. Os manifestantes pedem que a instituição retire o investimento feito em empresas de armamento, implicadas no conflito em Gaza.
O movimento estudantil estendeu-se às Universidades de Toronto, Vancouver e Ottawa, em território canadiano.
O Primeiro-Ministro canadiano, Justin Trudeau, afirmou que as universidades são lugares para debater, mas admitiu que cada um tem de se sentir em segurança nesses lugares.
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