Venezuela recebe Cimeira dos países não alinhados
Começou hoje a 17a Cimeira do Movimento dos Países Não Alinhados na Venezuela.
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Nicolás Maduro recebe, por parte do homólogo iraniano Hassan Rouhani, a presidência temporária do Movimento dos Países Não Alinhados (MNOALP) que vai conduzir para os próximos três anos.
O antigo director do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia, Álvaro Vasconcelos, defende que para alguns países este movimento dos países não alinhados é uma forma de resistência aos Estados Unidos.
"O Movimento dos não alinhados nasceu como uma forma de autonomia em relação à União Soviética e aos Estados Unidos, com o tempo a União Soviética eclodiu, deixou de ser segunda potência à Rússia, e hoje este movimento, para uns, é uma forma de resistência aos Estados Unidos da América (EUA). É assim que é para a Venezuela", descreve o politólogo Álvaro Vasconcelos.
O governador do estado de Miranda e antigo candidato presidencial da oposição, Henrique Capriles, voltava a chamar os venezuelanos às ruas para a próxima quarta-feira, enquanto a Venezuela acolhe a Cimeira dos Países Não-Alinhados. O objectivo é pressionar o Conselho Nacional Eleitoral para convocar um referendo revogatório ao mandato de Nicolas Maduro.
Segundo Álvaro Vasconcelos " a situação da Venezuela, a crise económica, política que vive a Venezuela, a incapacidade do governo venezuelano de aceitar o resultado das eleições que deram a maioria à oposição faz com que esta cimeira, para além de uma agenda internacional, tem uma agenda interna para a Venezuela que é a Venezuela procurar apoio para o que ela considera ser uma pressão inaceitável dos EUA sobre a sua política interna - dado o apoio que os EUA dão à oposição venezuelana, como dão a muitos outros Estados e muitas outras pessoas do mundo."
Álvaro Vasconcelos, antigo director do Instituto de Estudos de Segurança
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