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#Cabo Verde

Migrantes que deram à costa da Boa Vista foram repatriados

Oitenta e oito dos 90 migrantes africanos que deram à costa numa piroga, na ilha da Boa Vista, foram repatriados em dois aviões militares com voos especiais para o Senegal. Duas pessoas ficaram detidas em Cabo Verde.

Ilha da Boa Vista, Cabo Verde.
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde. © Agência Lusa
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Os dois migrantes africanos que ficaram detidos na ilha da Boa Vista são os supostos comandantes da piroga que deu à costa no farol de Morro Negro, na ilha da Boa Vista, no dia 14 de Janeiro, com 90 migrantes. De acordo com a imprensa local, na cidade de Sal Rei, os detidos teriam sido os responsáveis por aliciar os colegas a embarcarem na viagem e estão no Comando da Polícia Nacional da Boa Vista. O caso encontra-se sob a alçada do Ministério Público que vai ouvir os migrantes e, posteriormente, serão repatriados, de acordo com a Alta Autoridade para a Imigração.

Na tarde de quarta-feira, 88 migrantes africanos foram repatriados em dois aviões militares para o Senegal. Antes de deixar o pavilhão Seixal, que serviu de abrigo durante os 18 dias que permaneceram na Boa Vista, um migrante disse que foram bem acolhidos : “Sentimento de alegria, tivemos muito apoio, porque no primeiro dia que nós chegamos a Cabo Verde estávamos  doentes, com fome e sede. Graças a Deus, nestas duas semanas em Cabo Verde estamos em melhores condições e nada nos faltou: comida, roupa e lugar para dormir. Agora tudo ficou bem”, afirmou um dos migrantes, em declarações à imprensa.

Antes de darem à costa na ilha da Boa Vista, as pessoas estiveram à deriva no alto mar durante 25 dias. E, segundo as autoridades locais, partiram da Gâmbia e tinham como destino Espanha. 

A piroga com 92 migrantes, dois dos quais já cadáveres, deu à costa a 14 de Janeiro na ilha da Boa Vista. Dos 90 imigrantes resgatados, 15 eram menores, com idades compreendidas dos 14 aos 17 anos, 81 foram colocados no Pavilhão Municipal Seixal, em Sal Rei, e nove, incluindo as únicas três mulheres do grupo, tiveram de receber tratamento médico. Segundo o levantamento feito pela Câmara da Boa Vista, contavam-se entre os migrantes 56 senegaleses, 26 nacionais da Gâmbia, cinco da Guiné-Bissau, um da Serra Leoa, um da Guiné-Conacri e um do Mali.

 

 

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