Aumento da criminalidade em São Tomé e Príncipe preocupa autoridades

Só desde o início de 2024, já houve sete homicídios em São Tomé e Príncipe, um aumento na criminalidade violenta já que em todo o ano de 2023, o arquipélago registou no total oito crimes desta natureza. Estes números inquietam as autoridades.

A criminalidade em São Tomé e Princípe tem-se acentuado nos primeiros meses de 2024. AP - ARMANDO FRANCA

A direcção da Polícia Judiciária de São Tomé e Príncipe diz estar "bastante preocupada" com o aumento da criminalidade violenta no país, ao saber-se do aumento exponencial de homicídios no arquipélago só nos primeiros meses do ano de 2024, com sete homicídios registados desde o início do ano. Cinco dos alegados autores destes crimes estão detidos e dois estão ainda sob investigação.

Estes dados inquietam as forças políticas com Danilo Santos, líder parlamentar do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), a considerar que "a criminalidade está a aumentar de forma assustadora e com contornos muito violentos". Este partido diz querer ouvir o Governo.

Também o secretário-geral da Ação Democrática Independente (ADI), Elísio Teixeira, partido que detém a maioria absoluta no parlamento são-tomense, sublinhou que acompanham “com bastante preocupação” o aumento da criminalidade e alinha-se à iniciativa parlamentar do MLSTP-PSD.

Já o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, considera que estes crimes violentos estão, em muitos casos, ligados ao consumo de bebidas alcoolicas e que a solução envolve vários actores.

"Não há dúvidas que boa parte da violência tem estado ligada ao consumo excessivo também de bebidas alcoólicas (…). Hoje temos visto uma série de festas que acontecem sem comunicar previamente a polícia, então instala-se alguma desordem sem que a autoridade esteja presente”, concluiu Patrice Trovoada.