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Israel/Palestina

Israel aceita pausas humanitárias diárias no norte da Faixa de Gaza

Israel aceitou pausas humanitárias de quatro horas diárias na Faixa de Gaza, a começar esta quinta-feira. O anúncio foi feito pela Casa Branca e as pausas serão informadas com três horas de antecedência.

Israel aceitou pausas humanitárias de quatro horas diárias na Faixa de Gaza
Israel aceitou pausas humanitárias de quatro horas diárias na Faixa de Gaza AP - Ohad Zwigenberg
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O Exército israelita aceitou observar pausas humanitárias diárias no norte da Faixa de Gaza, permitindo aos civis palestinianos deixarem a zona, onde os militares israelitas combatem com o Hamas. Todavia, Telavive avisa que não há perspectivas de um cessar-fogo.

Em declarações, ontem à noite, ao canal FOX, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sublinhou que "um cessar-fogo com o Hamas significaria a rendição" do seu país. E repetiu que o objectivo de Israel é "erradicar o Hamas". "Nada nos deterá", concluiu.

No entanto, Israel concordou com "pausas" humanitárias diárias, a partir desta quinta-feira, para permitir que os civis fujam do norte para o sul do território.

Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, são pausas "de quatro horas em algumas áreas do norte da Faixa de Gaza e serão anunciadas com três horas de antecedência". Washington recebeu a garantia de que "não haveria operações militares nessas áreas durante a pausa".

De acordo com o Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), o número de deslocados em Gaza agora é de 1,6 milhões de pessoas, dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza. 

No norte, alerta a ONU, onde ainda permanecem centenas de milhares de pessoas, "a falta de alimentos está a tornar-se cada vez mais preocupante". Desde há oito dias que nenhuma organização foi capaz de fornecer assistência ao norte da Faixa de Gaza. 

As autoridades israelitas avançam que, desde 07 de Outubro, cerca de 9.500 roquetes foram lançados a partir da Faixa de Gaza em direcção a Israel, a maioria interceptada. No entanto, o número de roquetes "diminuiu significativamente" desde 27 de Outubro e o início das operações terrestres.

Netanyahu repetiu na quinta-feira à noite que Israel não procura "governar ou ocupar" Gaza, "mas procuramos dar a ela, e a nós, um futuro melhor". 

Philippe Lazzarini, chefe da agência de refugiados palestinianos da ONU (UNRWA), esta quinta-feira, durante uma conferência internacional organizada em Paris pelo presidente francês Emmanuel Macron, afirmou que a situação em Gaza se assemelha "mais a uma crise da humanidade do que a uma crise humanitária". 

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