Ajuda humanitária entra em Gaza pelo Egipto
A passagem de Rafah, entre Gaza e o Egipto, abriu neste sábado para deixar entrar a ajuda humanitária que o povo palestiniano estava à espera há dias.
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20 camiões de ajuda humanitária, com medicamentos, material médico e alimentos, entraram na faixa de Gaza pela passagem de Rafah.
Esses camiões com a ajuda humanitária estavam à espera de luz verde para entrar no território palestiniano há vários dias.
Há 15 dias que a situação estava bloqueada e que nenhuma ajuda entrou na faixa de Gaza, sendo que a passagem de Rafah é a única entrada directa para o território palestiniano que não seja controlada pelos israelitas.
20 camiões do Crescente Vermelho egípcio entraram na Faixa de Gaza e 36 camiões estão já à espera, vazios, para entrar em território egípcio e receberem a ajuda humanitária.
Há toneladas de produtos que estão perto do posto fronteiriço de Rafah, constituindo um total de 175 camiões que estão prontos para entrar na Faixa de Gaza.
Recorde-se que a Faixa de Gaza conta com 2,4 milhões de habitantes, sendo que metade são crianças.
Desde o início da ofensiva israelita contra o Hamas, a Faixa de Gaza está sem água, sem electricidade e sem combustível.
A prioridade dos primeiros camiões que entraram em território palestiniano era encaminhar material médico e medicamentos, algo prioritário segundo as autoridades.
Segundo as informações recolhidas pela RFI, a distribuição da ajuda humanitária vai ser feita pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinianos.
A ONU já afirmou, em comunicado, que estes 20 camiões não são suficientes e que seriam necessários 100 por dia.
Segundo os meios de comunicação egípcios, a ajuda humanitária não inclui combustível.
Entretanto, segundo a AFP, agência de notícias francesa, a passagem de Rafah, entre Gaza e o Egipto, já foi encerrada, isto apesar de pessoas que têm dupla nacionalidade, egípcia e palestiniana, continuarem à espera de poder entrar em território egípcio.
Cimeira da Paz no Cairo
O Egipto recebe a Cimeira da Paz no Cairo, a capital egípcia, sobre a crise na Faixa de Gaza. A cimeira junta líderes do Médio Oriente e da Europa, cerca de 31 países e três organizações internacionais estão presentes. O secretário-geral da ONU, António Guterres, já se exprimiu e apelou a um "cessar-fogo humanitário imediato".
Os líderes árabes, inclusive o rei da Jordânia, Abdullah II, condenaram as duas semanas de bombardeamentos de Israel na Faixa de Gaza e pediram esforços renovados para alcançar um acordo de paz no Médio Oriente. Quanto ao Presidente da Alta Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, disse que os palestinianos não iriam ser deslocados ou expulsos da sua terra.
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