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Ucrânia/Rússia

Rússia usa pela primeira vez "guerra" para falar do conflito na Ucrânia

A Rússia usou esta sexta-feira, pela primeira vez, a palavra "guerra" para se referir ao conflito na Ucrânia. Desde o início da invasão que o Kremlin impôs a expressão "operação militar especial". No terreno, a Ucrânia foi alvo esta madrugada de ataques nocturnos em massa e cortes de energia generalizados.

A Ucrânia foi alvo esta madrugada de ataques nocturnos em massa.
A Ucrânia foi alvo esta madrugada de ataques nocturnos em massa. © Офіс Генпрокурора України via Reuters
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A Ucrânia foi alvo, esta sexta-feira, 22 de Março, de ataques nocturnos em massa que resultaram em pelo menos cinco mortos e cortes de energia generalizados. Esta madrugada, bombardeamentos russos em grande escala visaram especialmente a rede eléctrica ucraniana. O exército russo afirmou ter agido em retaliação aos recentes ataques contra as regiões próximas da fronteira ucraniana, que, por sua vez, eram respostas aos bombardeamentos diários das cidades ucranianas. Pelo menos cinco pessoas foram mortas e cerca de vinte ficaram feridas, de acordo com autoridades locais e nacionais, nas regiões de Zaporijjia (sul) e Khmelnytsky (oeste).

Entretanto, em Moscovo, o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, admitiu que a Rússia estava "em estado de guerra". Desde o início da invasão, em Fevereiro de 2022, que o Kremlin reprimiu o uso da palavra "guerra" com multas e penas de prisão, impondo a expressão "operação militar especial".

Numa entrevista ao semanário governamental "Argoumenty I Fakty" ("Argumentos e Factos") o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reconheceu que a Rússia está "em estado de guerra" com a Ucrânia. Peskov recordou também o objectivo do Kremlin de conquistar completamente as quatro regiões ucranianas - Kherson, Donetsk, Lugansk e Zaporijjia - que Moscovo reivindica como território de anexação desde Setembro de 2022.

A Rússia já tinha lançado na quinta-feira, 21 de Fevereiro, ao amanhecer um ataque em massa contra Kiev, o primeiro desde o início de Fevereiro. O comandante das forças terrestres ucranianas considerou na sexta-feira "possível" uma ofensiva russa no verão que envolveria 100.000 homens. 

Na sequência destes ataques, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mais uma vez, denunciou a lentidão da ajuda ocidental, com o pacote de ajuda americana bloqueado há meses devido a divergências políticas entre republicanos e democratas e a da União Europeia com um grande atraso. 

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