França: Comissão Paritária aprova reforma das pensões
A comissão paritária de deputados e senadores aprovou esta quarta-feira, 15 de Março, o artigo 7º do projeto do sistema nacional de pensões que adia a idade da reforma dos 62 para os 64 anos. O texto será submetido amanhã, quinta-feira, às votações do Senado e da Assembleia.
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Os deputados e senadores, reunidos em comissão paritária, aprovaram esta tarde o artigo 7º do projeto do sistema nacional de pensões que adia a idade da reforma dos 62 para os 64 anos. Se a decisão da comissão foi conclusiva, o texto será submetido amanhã, quinta-feira, às votações do Senado e da Assembleia.
França vive a oitava jornada de protestos
A greve mais visível é na recolha do lixo em Paris, com as ruas da capital repletas de caixotes e sacos de lixo. Há dez dias que não há recolha e a greve vai manter-se, pelo menos, até 20 de Março. Os outros sectores que voltam a ser afectados pela contestação são os transportes, a educação, os portos e a energia.
O secretário-geral do sindicato Unsa, Laurent Escure, admitiu, em entrevista ao canal BFM TV, que os protestos vão continuar para além de quinta-feira e lembrou que se aprovada, a lei deve ainda passar pelo Conselho Constitucional, o que poderá prolongar a luta contra a reforma.
Em entrevista à RFI, também o secretário confederal da CGT, Boris Plazzi, avisa que o Governo poderá ter movimentos sociais cada vez mais duros, como aconteceu entre 2018 e 2019 com os coletes amarelos. "Vamos continuar a pressionar porque para além da raiva contra esta reforma do sistema de pensões, há uma raiva muito forte da população sobre os salários devido à elevada inflação e eu acho que o segundo mandato de Emmanuel Macron começa muito mal. Esta raiva pode transformar-se em algo mais radical, mais furioso e isso vai acontecer fora do quadro sindical e é disso que temos receio, como aconteceu com os 'coletes amarelos' ou até pior", indicou.
As manifestações e greves começaram a 19 de Janeiro contra o projecto defendido pelo Presidente francês Emmanuel Macron e cuja principal medida é a passagem da idade mínima de entrada na reforma de 62 para 64 anos.
De acordo com a ultima sondagem realizada cerca de 60% dos franceses acredita que esta reforma não deve ser implementada, apesar de se mostrarem resignados.
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