França: Gabriel Attal celebra 100° dia na liderança do Governo a lutar contra a violência entre jovens
Para o seu centésimo dia em Matignon, o Primeiro-Ministro, Gabriel Attal, prometeu uma resposta rápida do Governo, antes do Verão Europeu, à «adição à violência» de uma parte da juventude francesa.
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Numa visita à cidade de Viry-Châtillon, onde um jovem morreu, Gabriel Attal, chefe do Governo francês, pediu uma mobilização geral da Nação para haver uma melhor comunicação com os jovens, para parar com a violência.
Recorde-se que em Viry-Châtillon, o jovem Shemseddine, de apenas 15 anos, morreu há duas semanas após um diferendo com o irmão de uma rapariga que estava no mesmo colégio.
Neste caso, quatro homens, três menores e um maior de idade, foram indiciados e foram colocados em detenção provisória.
Gabriel Attal lembrou que, em relação aos delitos cometidos pela população geral, há duas vezes mais de adolescentes implicados em confrontos que acabam com golpes e ferimentos, e quatro vezes mais implicados no tráfico de droga e sete vezes mais implicados nos roubos com armas.
Responsabilização dos pais
As primeiras medidas foram anunciadas já nesta quinta-feira. O Primeiro-Ministro anunciou que todos os alunos do ensino básico vão ser «escolarizados todos os dias da semana entre as 8h e as 18h para aprenderem e trabalharem».
Gabriel Attal também insistiu na responsabilização dos pais. Medidas vão ser estudadas para serem implementadas daqui a dois meses como por exemplo uma multa para os pais que não vão ao julgamento dos filhos, ou trabalhos de interesse geral para os pais que «falham» nesses aspectos. Poderá também haver uma solução mais radical, que seria enviar os alunos, que começam a ter amigos pouco recomendáveis, para um internato longe do seu bairro.
O Primeiro-Ministro também admitiu que uma comissão terá como objectivo fazer propostas para limitar a dependência dos jovens a todos os tipos de ecrãs. Nas redes sociais, por exemplo, poderá haver um controlo da idade, com um mínimo de 15 anos para poder ter uma conta nessas plataformas.
Outra medida, penalidades para os alunos perturbadores no que diz respeito à obtenção dos respectivos diplomas, o que poderia complicar o percurso escolar desses alunos.
Gabriel Attal também realçou o facto de haver aulas, segundo a necessidade de cada estabelecimento, na escola primária sobre o respeito dos outros, da tolerância e da laicidade. Aliás o Primeiro-Ministro admitiu que os incidentes nas escolas têm cada vez mais a ver com assuntos religiosos, reiterando que não quer «guerras de religião nas escolas porque nas escolas prevalece a secularidade».
Por fim, quanto às sanções penais, Gabriel Attal quer que os jovens, a partir de 16 anos, sejam apresentados o mais rapidamente possível perante a justiça para responder pelos seus actos, como é o caso para os maiores de idade. Por enquanto é apenas a partir de 18 anos, o que significaria baixar esse número para 16.
Com estas possíveis medidas, Gabriel Attal responde a um pedido feito pelo Presidente da República francesa, Emmanuel Macron, para lutar com eficácia contra a ultraviolência dos jovens. O Primeiro-Ministro quer alcançar estes objectivos em oito semanas.
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