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França

França: primeiro-ministro Gabriel Attal defende excepção agrícola

Paris – O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, fez nesta terça-feira o seu discurso de política geral no Parlamento. Gabriel Attal garantiu que deve "haver uma excepção agrícola francesa" e prometeu que o governo vai responder à crise agrícola.   

PrImeiro-ministro, Gabriel Attal, apresenta o seu discurso de política geral na Assembleia nacional francesa a 30 de Janeiro de 2024.
PrImeiro-ministro, Gabriel Attal, apresenta o seu discurso de política geral na Assembleia nacional francesa a 30 de Janeiro de 2024. AFP - EMMANUEL DUNAND
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O primeiro-ministro discursou na câmara baixa do parlamento, a Assembleia nacional. O mais jovem chefe do executivo francês, assumiu funções apenas a 9 de Janeiro e, logo foi confrontado com protestos de agricultores.

Os camponeses que procedem actualmente a bloqueios de estradas em torno de Paris, na expectativa de virem a bloquear o abastecimento da capital caso não obtenham satisfação para as suas reivindicações. A França que é o maior produtor agrícola da União Europeia.

Estas reivindicações prendem-se, nomeadamente, com a carga fiscal excessiva, o preço dos combustíveis, o amontoado de normas europeias e nacionais, a concorrência desleal estrangeira, nomeadamente extra-europeia, incluindo do bloco do Mercosul.

Gabriel Attal anunciou a 26 de Janeiro uma série de dez primeiras medidas para o sector agrícola.

Porém muitos bloqueios se mantiveram por vários sectores agrícolas denunciarem que as suas reivindicações não foram atendidas.

Ao discursar no Parlamento Gabriel Attal enfatizou a importância de fazer uma excepção agrícola francesa.

A nossa agricultura é uma força e também o nosso orgulho. 

Por isso digo-o aqui, de forma solene, deve haver uma excepção agrícola francesa !

Estou lúcido quanto ao amontoar de normas, perante as decisões que vêm de cima de onde ninguém sabe.

A agricultura tem dúvidas também e espera por respostas e por soluções.

Responderemos presente, sem nenhuma ambiguidade.

 

E isto numa altura em que os bloqueios de estradas em torno de Paris, nomeadamente, por parte dos agricultores descontentes estão a ter impacto internacional quanto à circulação de mercadorias.

André Matias de Almeida é o porta-voz da Associação portuguesa de transportadores públicos rodoviários de mercadorias. Em declarações à agência Lusa ele denuncia um país bloqueado e descreve a situação como "muito preocupante, não apenas por ser uma situação que se arrasta há vários dias, mas porque não há visibilidade sobre quando poderá terminar".

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André de Almeida, registo da agência Lusa, 30/1/2024

Na sua intervenção na câmara baixa do parlamento o primeiro-ministro francês abordou a política, em geral.

Gabriel Attal defendeu a reforma dos salários baixos, para "acabar com a França do salário mínimo", defendendo a necessidade de ir mais longe na reforma do subsídio de desemprego.

O governante francês, o mais jovem primeiro-ministro da Quinta República, prometeu uma reforma da Assistência médica de Estado antes do verão. Attal alegou ir enviar um emissário encarregado de procurar médicos estrangeiros que queiram vir exercer em França.

O chefe do executivo anunciou um novo projecto visando reindustrializar a França, favorecendo a transição ecológica.

O primeiro-ministro estendeu a mão ao diálogo com a oposição. No que diz respeito ao défice público Attal prometeu um regresso para níveis abaixo dos 3% do Produto interno bruto daqui até 2027.

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