França: Quinta jornada de greve contra a reforma das pensões
Quinta jornada de mobilização social em França contra o projecto de lei da reforma do sistema de pensões. Os principais dirigentes sindicais manifestam-se esta quinta-feira, 16 de Fevereiro, em Albi, símbolo das pequenas cidades que se opõem a esta reforma. Todavia, o período de férias escolares pode ter um impacto negativo na participação dos franceses.
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Antes de “bloquear” a França no próximo dia 7 de Março, os sindicatos organizam hoje a quinta jornada de mobilização social. A ideia é pressionar os deputados que debatem, na Assembleia Nacional, o projecto de lei da reforma do sistema de pensões. As discussões terminam amanhã, sexta-feira.
Todavia, o período de férias escolares pode ter um impacto negativo na participação dos franceses.
Nos transportes, as perturbações devem ser limitadas. Quatro em cinco comboios de alta velocidade vão circular e no metro de Paris o tráfego será normal. Ainda assim, no aeroporto de Orly 30% dos voos serão anulados e a central hidroeléctrica de Grand Maison, em Isère, vai estar parada.
Depois da forte mobilização de sábado que reuniu, de acordo com as autoridades, cerca de 963 mil manifestantes. A polícia espera esta quinta-feira cerca de 500 mil pessoas na rua, pelo menos 60 mil em Paris.
Albi quer mostrar "uma França do trabalho"
Na capital francesa, o cortejo sai da praça da Bastilha até à praça de Itália. Mas, uma vez que não é costume, hoje os oito principais dirigentes sindicais manifestam-se em Albi, símbolo de uma França de pequenas cidades muito mobilizadas contra esta reforma.
Laurent Berger, dirigente sindical da CFDT, disse que o objectivo é destacar que "há uma França do trabalho que quer afirmar que existe e não apenas as grandes metrópoles”.
As últimas sondagens realizadas revelam que um em cada sete franceses opõem-se este projecto de lei da reforma do sistema de pensões. Philippe Martinez, secretário-geral da CGT, sublinha que o objectivo "é manter pressão sobre os deputados".
Esta quinta-feira dos franceses voltam a sair à rua para contestar o projecto de lei de reforma das pensões prevê adiar, até 2030, a idade mínima para a reforma dos 62 para os 64 anos e prolongar o número mínimo de anos de contribuições sociais, para se obter uma pensão completa, dos actuais 42 para 43 anos.
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