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Reforma das pensões

Sindicatos incitam trabalhadores a bloquear a França no dia 7 de Março

Os franceses voltaram a sair à rua este sábado para protestar contra a reforma do sistema de pensões, com muitos dos manifestantes a dizerem que a luta vai continuar nas ruas, mesmo que a reforma seja aprovada, e os sindicatos a apelarem a uma nova jornada de protestos no dia 7 de Março.

Os franceses voltaram a sair à rua este sábado contra a reforma do sistema de pensões.
Os franceses voltaram a sair à rua este sábado contra a reforma do sistema de pensões. © Catarina Falcao
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Os sindicatos em França ameaçaram hoje, durante uma nova jornada de manifestações em todo o país, que a França vai parar no dia 7 de março, caso o Governo não retire a reforma do sistema de pensões que actualmente está a ser analisada na Assembleia Nacional.

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Sindicatos prometem grande jornada de acção no dia 7 de Março

Em Paris, a intersindical, que junta quase todos os sindicatos de França num movimento inédito depois de uma década, anunciou um largo movimento para esse dia, bloqueando sectores essenciais como a educação, transportes e hospitais. Um grande movimento como disse Laurent Berger, líder da CFDT, a maior central sindical francesa.

"Estamos a organizar o protesto do dia 07. Nós estamos muito determinados e vamos ficar unidos. Só pedimos ao Governo que nos oiça e que oiça o que se passa nas ruas", declarou o líder sindical.

Nas ruas, os manifestantes mostravam a sua determinação contra esta reforma que é rejeitada, segundo algumas sondagens por 8 em 10 franceses.

"Estou aqui para defender a reforma aos 60 anos e combater esta imposição do Governo de 64 anos. Eu tive a sorte de me reformar aos 60 anos, pude tomar conta dos meus netos e no dia seguinte a me ter reformado posso dizer que senti um alívio enorme, mesmo se o meu trabalho não era pesado. Não imagino como querem que trabalhemos até aos 64 anos", declarou Raymond, que veio até à manifestação em Paris.

Já Frederique, que tem 58 anos e pensava reformar-se aos 60, mas terá de esperar mais tempo com esta reforma, garante que os franceses não vão sair das ruas tão cedo.

"As coisas vão acabar mal para o Governo, as pessoas já estão na rua agora, nem imagino como vai ser se o Governo decidir passar a reforma contra a vontade de todos. Mesmo se passar, não vamos sair da rua", declarou.

 

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