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França

França: depois de uma mobilização "histórica", sindicatos apelam a nova greve

Depois de um primeiro dia de mobilização ontem considerado bem-sucedido pelos sindicatos, foi emitido um novo apelo à greve para o dia 31 de Janeiro e também acções no dia 23 de Janeiro, data em que deve ser apresentado oficialmente em conselho de ministros o plano de reforma do sistema de aposentação cujo intuito é fazer passar a idade mínima de reforma dos actuais 62 para 64 anos. De acordo com sondagens, uma larga maioria da população rejeita este projecto.

Manifestação contra o plano de reforma do sistema de aposentações em França, dia 19 de Janeiro de 2023.
Manifestação contra o plano de reforma do sistema de aposentações em França, dia 19 de Janeiro de 2023. REUTERS - ERIC GAILLARD
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"Queremos ir até à retirada desta reforma". Foi o que declarou esta manhã Marie Buisson, uma das responsáveis da CGT, uma das principais centrais sindicais do país, que juntamente com 7 outras organizações apelou à greve geral ontem. Uma mobilização que foi considerada como tendo sido "histórica" pela CGT que contabilizou mais de 2 milhões de manifestantes no país inteiro, enquanto o Ministério do Interior contabilizava um pouco mais de um milhão, o que ainda assim ultrapassa as expectativas iniciais das organizações representativas dos trabalhadores.

Efectivamente, segundo dados do governo, 3 em cada 10 funcionários não trabalharam ontem. No sector da educação, houve 40% de grevistas, nos caminhos-de-ferro, 45%, na companhia de electricidade EDF 50% e nas refinarias da Total a mobilização rondou os 70 a 100%.

Uma frente unida perante a qual o executivo todavia não vacila. Poucos dias antes da apresentação oficial, no dia 23, do projecto adiando a idade da reforma para 64 anos, o Presidente francês ainda ontem defendeu uma reforma que considera "justa e responsável", enquanto a sua primeira-ministra Elisabeth Borne lançou hoje um apelo para que "se continue a debater e convencer".

Convencidos não parecem estar para já os sindicatos que apelam a uma nova mobilização no dia 31 de Janeiro, antes de o projecto começar a ser analisado no parlamento em Fevereiro. O partido do Presidente Macron que já não tem a maioria absoluta no hemiciclo conta com um eventual voto favorável da direita para validar este plano.

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