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Manifestação

Marcha da esquerda em Paris é "um sucesso" contra Macron e Governo

A marcha organizada hoje pela esquerda foi "um sucesso", segundo Jean-Luc Melenchon, com o cortejo em Paris a reunir mais de 30 mil pessoas que pediram um aumento geral dos salários para combater a inflação que continua a aumentar em França.

Os franceses saíram à rua este domingo para protestar contra o aumento do custo de vida no país.
Os franceses saíram à rua este domingo para protestar contra o aumento do custo de vida no país. © Catarina Falcao
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Milhares de franceses saíram hoje à rua em Paris para protestar contra o aumento do custo de vida. Esta manifestação foi organizada pelos partidos de esquerda e Christian, reformado que milita na França insubmissa, o movimento de Jean-Luc Melenchon, não deixa dúvidas do porquê da sua presença neste protesto.

"Vim para lutar contra o empobrecimento da sociedade, lutar contra a reforma das pensões, a vida cara, o aumento do salário mínimo, o aumentos dos apoios sociais, mais apoios para os jovens, por tudo isto. Estamos aqui porque somos de esquerda e estamos fartos da direita!", declarou este reformado à RFI.

Se o custo de vida trouxe milhares à rua, também o aumento dos salários, as dificuldades da vida dos jovens, a luta contra a reforma das pensões que vai mesmo avançar com o Governo de Elisabeth Borne ou as requisições dos trabalhadores das refinarias levam os militantes de esquerda insurgirem-se.

"A nível nacional, a CGT não apelou à mobilização para esta marcha, mas várias federações quiseram estar presentes e isso vai de acordo com o que defendemos. Tivemos o 29 de setembro, estamos aqui hoje e voltamos a sair na terça-feira e quando for preciso, não vamos abandonar os protestos. Para nós, sindicalistas, houve um grande ataque contra o nosso direito à greve com as requisições feitas nas refinarias e isso não é possível", explicou Noella, sindicalista da CGT vinda do departamento de Cher, no Centro da França.

Segundo Jean-Luc Melenchon este é "o dia 1" de uma mobilização popular que vai continuar esta semana com o Governo a forçar a aprovação do orçamento com o artigo 49.3 da Constituição francesa, e uma greve geral convocada para terça-feira, enquanto a escassez de combustíveis continua, com um braço de ferro instalado entre os trabalhadores das refinarias e a gigante da energia francesa, a Total.

"O sucesso desta marcha é inegável e dá coragem e vontade de mobilização. [...] Esta será uma semana fora do comum", declarou Jean-Luc Mélenchon.

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