Homenagens a Jo Cox sucedem-se
No dia a seguir ao assassinato de Jo Cox por parte de um indíviduo com afinidades com a extrema-direita, o primeiro-ministro britânico apelou à tolerância. Numa visita a Birstall, cidade onde morreu a deputada, David Cameron sublinhou que "temos que afastar o ódio e as divisões da nossa vida política, pública e comunitária".
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O primeiro-ministro apresentou-se ao lado do chefe do partido trabalhista, Jeremy Corbyn, que disse que Jo Cox era "uma mulher maravilhosa" e que "aqueles que amam a democracia e a liberdade de expressão" devem homenagear a deputada.
As reacções ao assassinato não se limitaram ao Reino Unido. A chanceler alemã, Angela Merkel, apelou para não se "radicalizar nem exagerar os discursos pois não contribuem a uma atmosfera de respeito". Muitos analistas estimam, precisamente, que este assassinato poderá amenizar o tom da campanha, sobretudo do lado do campo que apoia o "Brexit".
No entanto, as consequências que o drama poderá ter no voto mantêm-se desconhecidas. Alguns analistas políticos consideram que as pessoas que estavam indecisas deverão agora pender para a manutenção do Reino Unido na União Europeia, mas as dúvidas persistem. O que é certo, no entanto, é que a campanha do referendo está interrompida e não deverá retomar antes do fim-de-semana.
Adalberto Cravid, sociólogo de origem são-tomense a residir no Reino Unido, fala de um país em estado de choque depois do assassinato da deputada trabalhista Jo Cox ontem.
Adalberto Cravid, sociólogo são-tomense a residir no Reino Unido, entrevistado por Liliana Henriques
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