Ministro britânico da economia ameaça aumentar os impostos caso Brexit ganhe
No Reino Unido, a oito dias do referendo sobre o futuro do país da União Europeia, o movimento que apoia o Brexit (saída da União Europeia) está à frente. É devido a isto que o ministro britânico da economia, George Osborne, ameaçou aumentar os impostos e fazer cortes no orçamento da educação e da saúde caso o Brexit triunfe.
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Uma frota de vinte barcos pesqueiros, liderada por Nigel Farage, eurodeputado e líder do UKIP (Partido da Independência do Reino Unido), percorreu hoje o Tâmega até ao Parlamento Britânico. O objectivo deste partido pro-Brexit (pro-saída da União Europeia) pretendeu denunciar as restrições da pesca impostas por Bruxelas.
A saída do Reino Unido da União Europeia começa a afigurar-se como o cenário mais provável no referendo da próxima semana. As sondagens dão ao campo do “brexit” uma vantagem de sete pontos em relação à permanência britânica, algo que está a gerar preocupação na União Europeia. O ministro dos negócios estrangeiros alemão Frank-Walter Steinmeier afirmou hoje que a saída do Reino Unido poderia criar "a desintegração da União Europeia".
É neste cenário que hoje o ministro britânico da Economia, George Osborne, avisou que uma eventual saída da União poderá provocar um buraco de 39 mil milhões de euros nas finanças públicas do Reino Unido. Além disso, ameaçou aumentar os impostos e fazer cortes no orçamento da educação e da saúde. Os adversários estimam que se trata de chantagem para influenciar os eleitores.
Ricardo Paes Mamede, professor de economia política no ISEG de Lisboa, considera que os impactos económicos estão a ser indevidamente utilizados para pressionar o eleitorado até porque é difícil prevê-los.
Ricardo Paes Mamede, professor de economia política no ISEG de Lisboa
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