Angola: legalizada a primeira Associação LGBTI
Ao cabo de cinco anos de luta foi legalizada dia 11 de Junho a Associação Iris Angola, a única associação de LGBTI oficializada no país.
Publicado a: Modificado a:
Assinala-se amanhã (28/06) o Dia Internacional do Orgulho Gay ou Dia da Consciência Homossexual, em homenagem à revolta de Stonewall, em Nova Iorque a 28 de Junho de 1969, quando a comunidade norte americana LGBTI - lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e pessoas intersex - se revoltou contra a repressão da polícia em bares frequentados por homossexuais, que eram presos e sofriam represálias.
A primeira marcha do Orgulho Gay foi organizada nos Estados Unidos em 1970.
Hoguete Ferreira, Associação Iris Angola LGTB
Em Angola a Iris foi a primeira e até agora única associação de defesa e promoção dos direitos da comunidade LGBTI legalizada no passado dia 11 de Junho, após cinco anos de batalha, tem cerca de 200 membros e ramificações além de Luanda, em Benguela, na Huila e no Lubango.
Angola não possui ainda uma lei que proteja e garanta igualdade de direitos civis aos homossexuais, como refere Hoguete Ferreira, responsável para a área financeira da Associação Iris Angola, que admite que a legalização não põe fim à discriminação e estigmatização da comunidade LGBTI, que continua a ser alvo de violências.
Hoguete Ferreira estima ainda que "África ainda não está preparada para aceitar a diferença".
A Associação Iris Angola mantém contactos com a sua congénere moçambicana Lambda, que há dez anos luta pela sua legalização, mas a homossexualidade não é crime neste país.
Em África a homossexualidade é crime punível de pena de morte no Sudão, Nigéria e partes da Somália, enquanto no Uganda, Tanzânia e Serra Leoa é passível de prisão perpétua.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro