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RDC / Ruanda

Washington exige do Ruanda que leve à justiça autores de ataque na RDC

Os Estados Unidos tornaram ontem a acusar o Ruanda de estar por detrás do ataque na sexta-feira contra um campo de deslocados em Goma, no Norte-Kivu, no leste da RDC, que custou a vida de pelo menos nove pessoas. Neste sentido Washington exigiu que Kigali leve os responsáveis do sucedido ao tribunal.

Campo de deslocados de Mugunga, nas imediações de Goma, no Norte Kivu, no leste da RDC. (Foto de ilustração)
Campo de deslocados de Mugunga, nas imediações de Goma, no Norte Kivu, no leste da RDC. (Foto de ilustração) REUTERS/James Akena
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Na passada sexta-feira um ataque contra um campo de deslocados de Goma, no Norte-Kivu, no leste da RDC, resultou em pelo menos nove mortos e dezenas de feridos, fontes locais tendo chegado a avançar um balanço mais pesado de 14 a 17 mortos.

Pouco depois deste ataque, tanto o governo congolês, mas também os Estados Unidos e a SADC, que enviou uma força para a região, expressaram a sua condenação mas apontaram igualmente o dedo aos rebeldes do M23, apoiados pelo Ruanda. Washington chegou mesmo a colocar directamente em causa as forças armadas do Ruanda. Uma acusação logo desmentida e qualificada de "ridícula" por Kigali durante o fim-de-semana.

Esse desmentido, contudo, não convenceu os Estados Unidos. Ontem, um porta-voz do Departamento de Estado declarou que "o Governo do Ruanda deve investigar este acto hediondo e responsabilizar todos os seus autores".

Sensivelmente no mesmo sentido, a França pediu ontem que "se esclareça a responsabilidade deste ataque, que constitui uma violação flagrante do direito internacional humanitário". Já na semana passada, o Presidente francês tinha exortado o Ruanda a "cessar todo o apoio" aos rebeldes do M23 e a "retirar as suas forças" do país.

Notas de condenação chegaram igualmente da União Europeia, da União Africana, da Missão da ONU na RDC (Monusco) e da agência da ONU para os refugiados (ACNUR), bem como da Unicef, sem contudo mencionar os possíveis autores do ataque.

Refira-se, por outro lado, que o Ruanda tem exigido uma acção contra os combatentes Hutus refugiados na RDC e suspeitos de elos com os autores do genocídio ruandês de 1994, cometido essencialmente contra a população Tutsi.

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