São Tomé e Príncipe: Julgamento de tentativa de golpe de Estado gera polémica
Em São Tomé e Príncipe está a gerar polémica a audição em Tribunal de um inspector da Polícia Judiciária Portuguesa na qualidade de testemunha de acusação da tentativa de assalto ao quartel em Novembro de 2022.
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As declarações em Tribunal do inspector da Polícia Judiciária Portuguesa, na qualidade de testemunha de acusação, estão a gerar polémica.
Vários advogados contactos pela RFI que solicitaram anonimato referem que o inspector falou na qualidade de declarante e que não é obrigatório revelar tudo em Tribunal.
A RFI tentou ainda contactar a Ordem de advogados são-tomense, mas sem sucesso.
O advogado do arguido Bruno Afonso, Miques João, contesta a afirmação do referido inspector afirmando que não existe nenhum enquadramento legal, para que o mesmo se apresentasse como testemunha.
“Depois de ouvirmos todas as testemunhas, veio o senhor Pedro Varanda contrariar tudo o que aquelas testemunhas disseram. E é a testemunha do próprio Ministério Público, da acusação. Perito não pode ser testemunha! E testemunha não pode ser perito! E em São Tomé idem. Não é possível um perito ser testemunha e a testemunha ser perito”, concluiu o advogado.
Apesar de se registar uma certa contradição entre o Tribunal e o Ministério Público na análise do assunto, mas no essencial os mesmos convergem na necessidade de se apurar a veracidade dos factos.
Correspondência de São Tomé e Príncipe 17-10-2023
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