Financiamento e terrorismo não devem travar projectos de exploração de gás em Moçambique

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, disse hoje que é "fundamental" continuar com os megraprojectos de exploração de gás no país e que estes não podem ser travados por uma alegada falta de financiamento ou terrorismo no Norte do país.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, falou dos megaprojectos de gás. LUSA - MIGUEL A. LOPES

Filipe Nyusi enviou hoje uma clara mensagem para os investidores nos megaprojectos de exploração de gás em Moçambique lembrando que é "fundamental" que o desenvolvimento destes projectos continue e que não há nem problemas de financiamento nem de terrorismo que justifiquem o congelamento destes investimentos.

“É fundamental isso porque não pode ser problema de decisão financeira, agora, associado à situação terrorista. Esse projeto já existia, já é antigo. Isso significa que havia clareza na sua execução. Não pode encalhar por esta razão, que se procurem outras”, criticou Filipe Nyusi, na abertura, esta manhã, em Maputo, da 10.ª edição da Conferência e Exposição de Mineração e Energia de Moçambique.

O aviso mais claro foi para os concessionários da Área 1, liderada pela TotalEnergies, que perante a “gradual promissora estabilidade” na península de Afungi, distrito de Palma, Cabo Delgado, devem acelerar "o desenvolvimento da retoma dos projectos em terra”, e que na Área 4, em terra, liderado pela ExxonMobil “se acelere o processo conducente à Decisão Final de Investimento, com os devidos ajustamentos ao Plano de Desenvolvimento aprovado em 2018”.

Nyusi indicou ainda que a demora nestes projectos provoca problemas já que a expectativa dos países "é enorme", com o chefe de Estado moçambicano a dizer que fez o que pôde para acelerar os processos para o avanço da exploração do gás no país.