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Golpe de Estado

Militares são-tomenses pedem "justiça com verdade" e Patrice Trovoada pede "calma"

A acusação do Ministério Público são-tomense de 23 militares, incluindo o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Olinto Paquete e o atual vice-chefe do Estado-Maior, Armindo Rodrigues, não está a ser bem recebida pelos militares do arquipélago, com o primeiro-ministro a pedir calma e a defender que, até agora, os acusados têm do seu lado a presunção de inocência.

O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, apela à calma no país e recorda presunção de inocência dos acusados na tentativa de golpe de Estado de 25 de Novembro.
O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, apela à calma no país e recorda presunção de inocência dos acusados na tentativa de golpe de Estado de 25 de Novembro. LUSA - Inácio Rosa
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As Forças Armadas são-tomenses lamentaram na sexta-feira a acusação “ambígua” do Ministério Público contra 23 militares pelo homicídio e tortura de quatro homens envolvidos no assalto ao quartel, em Novembro, e pediram “justiça com verdade e precisão”.

Do seu lado, o primeiro-ministro são-tomense defendeu que existe "presunção de inocência" para os 23 militares acusados de tortura e homicídio de quatro homens, pedindo calma e que não haja aproveitamento político do caso, indicando que se deve aguardar "serenamente o continuar de todo esse processo que está na mão da justiça”.

[Apelo] A toda a gente também para aguardar com calma sem de novo entrar num ciclo politizações e de aproveitamentos”, declarou o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe.

Na nota de imprensa de sexta-feira, o chefe do Estado-Maior das FASTP, brigadeiro-general João Pedro Cravid, refere que a instituição fará a “defesa técnica no processo com base na lei e nada mais” e apela às autoridades judiciais que, “nas fases subsequentes do processo, dite a justiça com verdade e precisão, sem ambiguidade”.

Em causa está o ataque ao Quartel do Morro, em São Tomé, ocorrido na noite de 24 para 25 de novembro, após o qual três dos quatro civis assaltantes – que agiram com a cumplicidade de alguns militares – e um outro homem – identificado como o orquestrador do ataque e detido posteriormente pelos militares - foram submetidos a maus-tratos e acabaram por morrer no mesmo dia, nas instalações militares.

Para a acusação, o assalto consistia na primeira fase de um plano que visava a “subversão da ordem constitucional”.

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