EUA aprovam apoio militar directo a Taiwan e China avisa para as consequências
Pela primeira vez, os Estados Unidos aprovaram um apoio militar directo a Taiwan, no âmbito de um programa de assistência a Governos estrangeiros. A China reagiu avisando para as consequências que poderiam advir para a "segurança" da ilha.
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Washington já tinha procedido à venda de armas para Taiwan mas, desta vez, o departamento de Estado norte-americano atribuirá um envelope de 80 milhões de dólares (cerda de 73 milhões de euros) à ilha, deixando claro, no entanto, que não se trata de reconhecer a soberania de Taiwan.
Um porta-voz do departamento de Estado norte-americano afirmou que este apoio militar se insere no quadro das relações com Taipei e da "política de uma só China", o apoio militar servindo apenas para atribuir uma "capacidade de autodefesa suficiente".
Esta decisão foi tomada por Washington em nome da "paz" e pela "estabilidade" na região, que considera ser essencial para a segurança mundial.
Pequim deixou um aviso: este apoio militar dos Estados Unidos a Taiwan põe em risco a própria segurança da ilha.
Desde o fim da guerra civil chinesa em 1949, Taiwan faz oficialmente parte da República chinesa tendo, no entanto, a sua própria administração e Governo. Desde então, Pequim diz privilegiar uma reunificação pacífica com Taipei, sem todavia excluir o recurso à força. A ilha vive sob a ameaça constante de uma invasão militar chinesa.
Nos últimos meses, as autoridades chinesas multiplicaram o envio de aviões e navios militares nesta zona e acusam Washington de apoiar a independência da ilha.
Este apoio militar directo deve ainda ser aprovado pelo Congresso norte-americano, deixando poucas dúvidas quanto ao resultado, já que ambos os republicanos e democratas apoiam Taiwan.
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