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Revolução dos Cravos

"Com o 25 de Abril, Portugal colocou-se do lado certo da História"

Em Lisboa, os chefes de Estado dos países africanos de lingua portuguesa estiveram presentes nas cerimónias oficiais, festejos dos quais não estiveram totalmente ausentes as questoes levantadas pelo presidente português sobre as compensações a serem pagas pelo seu pais pelos crimes da era colonial. 

Carlos Vila Nova esteve presente nas celebrações do 25 de Abril em Lisboa.
Carlos Vila Nova esteve presente nas celebrações do 25 de Abril em Lisboa. LUSA - MIGUEL A. LOPES
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A eventual reparação dos custos associados ao colonialismo português, defendida por Marcelo Rebelo de Sousa, esteve ausente dos discursos dos chefes de Estado e de Governo dos países africanos de Língua oficial portuguesa, numa sessão evocativa em Lisboa. Apenas Filipe Nyusi sublinhou com palavras mais fortes o legado de violência no seu país, com os massacres de Moeda e Wiriamu.

"Esses actos, nunca atribuídos ao povo português, são indesculpáveis, pois desonra a nossa história e mereça vigorosa e perpétua condenação. É tempo de encararmos os factos históricos com frontalidade, sem revisionismo desonesto, mas com honestidade, justiça e responsabilidade", disse o Presidente moçambicano.

Tal como todos os outros presidentes africanos de língua portuguesa, Nyusi saudou a Revolução de Abril e sublinhou as fortes relações de amizade entre Portugal e as suas antigas colónias. João Lourenço, presidente de Angola, defendeu que o principal desafio destes países é a consolidação democrática e económica.

"O desafio hoje é o da consolidação da democracia, da diversificação e fortalecimento das nossas economias, do aumento da oferta de bens e serviços, do aumento das exportações e do aumento da oferta de postos de trabalho para a redução do desemprego", alertou João Lourenço.

Nos restantes discursos, o presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, disse que há razão para orgulho e reconforto. Nos 50 anos do 25 de Abril, Umaro Embaló evocou a convergência entre a Revolução de Abril e as lutas de libertação nacional da Guiné-Bissau.

No fundo, a frase central foi proferida por Carlos Vila Nova, o Presidente de São Tomé e Príncipe:

"Com o 25 de Abril, Portugal colocou se do lado certo da História", concluiu o são-tomense.

Portugueses celebraram o 25 de Abril nas ruas de Lisboa.
Portugueses celebraram o 25 de Abril nas ruas de Lisboa. AP - Ana Brigida

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