Exército sírio apoiado pela Rússia neutraliza ofensiva de jiadistas
Síria, violentos combates ocorreram nos últimos dias entre forças sírias e grupos jiadistas que tentavam recuperar regiões no norte das provincias de Hama e no sul de Idleb, controladas pelo exército sírio. Os jiadistas que lançaram uma contra-ofensiva para recuperar essas regiões foram escorraçadas ontem pelo exército sírio, mas com grandes dificuldades. Na ONU, a Rússia defendia a aliada Síria.
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O exército sírio conseguiu travar ontem uma tentativa dos jiadistas que queriam recuperar as regiões conquistadas esta semana por Damasco no norte de Hama e no sul de Idleb.
Registaram-se violentos combates durante horas entre o exército e forças jiadistas que foram obrigadas a recuar na sua contra-ofensiva, para recuperar Hama e Idleb, combates que fizeram pelo menos 40 mortos e vários feridos.
É a primeira vez que o antigo ramo de Al-Qaeda na Síria, e outros grupos jiadistas atacaram desde que o exército sírio apoiado pela artilharia e aviação lançou a sua operação de recuperação das províncias de Hama e de Idleb.
Paralelamente, ao nível diplomático, Moscovo se opos ontem a qualquer posição comum do Conselho de segurança por ocasião duma reunião sobre a situação em Idleb, na Síria, onde as hostilidades redobraram de intensidade desde fins de abril.
Na ONU, Rússia continua a apoiar exército sírio
Numa declaração solene à imprensa no final da reunião, 11 países do Conselho de um total de 15 exprimiram a sua "profunda preocupação", face à gravidade da situação na província de Idleb, uma zona securizada pela Rússia desde setembro.
Segundo fontes diplomáticas, durante o encontro houve vivas críticas entre os Estados Unidos e a Rússia a propósito de ataques sírios contra hospitais.
Desde fins de abril, o regime sírio e o seu aliado russo intensificaram os seus bombardeamentos no sul da província de Idleb e no norte da região vizinha de Hama, territórios controlados por Hayat Tahrir al-Cham, HTS, ex-ramo sírio de Al-Qaïda e outros grupos jiadistas.
A Turquia que apoia os grupos jiadistas, apelou à Rússia, para fazer cessar os ataques do exército sírio que como se sabe tem apoios e conselheiros russos, mas, Moscovo, fez orelhas moucas.
Por seu lado, o embaixador francês, na ONU, François Delattre, disse que se houver ataques sangrentos do regime sírio para controlar Idleb, como aconteceu em Alebo, em 2016, "haverá uma catástrofe humanitária".
Cerca de 3 milhões de pessoas, nomeadamente, 1 milhão de crianças, vivem na província de Idleb, no noroeste da Síria.
Exército sírio apoiado pela Rússia neutraliza ofensiva de jiadistas
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