Segundo dia de tréguas na Síria

O enviado especial da ONU à Síria, Staffan de Mistura, congratulou-se com a "baixa significativa da violência" que se verificou na Síria nas primeiras 24 horas de cessar-fogo.

AMEER ALHALBI / AFP

Esta representa a "última oportunidade" para colocar fim a uma guerra que já deixou mais de 300.000 mortos.

As armas deixaram de ser ouvidas no final da tarde de segunda-feira, quando entrou em vigor o cessar-figo acordado entre Rússia e Estados Unidos. Os dois países apoiam o governo e os rebeldes, respectivamente, numa nova tentativa de encerrar cinco anos de guerra.

Apesar do cessar-fogo ter entrado em vigor, vários incidentes isolados foram registados, incluindo da parte de grupos rebeldes. Os episódios deram-se antes do por do sol, segunda-feira, pouco antes do início do cessar-fogo, mas depois as armas calaram-se.

O cessar-fogo acordado entre os Estados Unidos e a Rússia, aceite oficialmente pelo exército sírio e informalmente pelos grupos rebeldes e não abrange o grupo Estado Islâmico nem a antiga Frente al Nusra.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos registou vários episódios esporádicos de violência em diferentes partes do país, sem registo de mortos.

Damasco acusou a oposição de uma série de violações. O seu aliado, o Exército russo, afirmou ontem que as forças do governo estão a respeitar o cessar-fogo, mas que os rebeldes dispararam "23 vezes contra bairros residenciais e posições das forças governamentais".

Para poder enviar ajuda humanitária aos bairros rebeldes perto de Alepo, os militares russos instalaram um ponto de observação que representar um acesso vital ao norte da segunda cidade síria que liga a região com a fronteira turca.

O secretário de Estado americano, John Kerry, negociou o acordo com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, classificou este cessar-fogo como "a última oportunidade de salvar" a Síria.