Segunda-feira negra nas bolsas asiáticas
A queda avultada da Bolsa chinesa de Xangai (8,5%) provocou quebras em catadupa nas demais bolsas asiáticas, vindo depois a propagar-se à Europa e mesmo à América. Em causa poderia estar o forte abrandamento da economia chinesa, não obstante as medidas já tomadas pelo governo de Pequim.
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Tratou-se da redução mais significativa registada na Bolsa de Xangai dos últimos 8 anos. Shenzen caíu 7,6% e a Hong Kong 5 pontos percentuais.
Tóquio encerrou também com um importante recuo da actividade com uma diminuição de 4,6%.
Esta quebra veio, depois, propagar-se às bolsas europeias e americanas: Paris, Bruxelas, Frankfurt registaram uma redução na ordem dos 5%, Londres chegou aos -6 e em Atenas a bolsa perdia mesmo mais de 11% perto da hora de encerramento.
A Bolsa brasileira de São Paulo registava pouco após a abertura uma redução de 4,5%.
A desvalorização da moeda chinesa, o yuan, há duas semanas atrás, conjugada com o abrandamento da economia nacional após 10 anos de crescimento está a abalar a confiança dos investidores.
No entanto Pequim já tomara providências injectando, nomeadamente, capital em dois bancos, na semana passada ou instaurando a possibilidade que o fundo de pensão nacional possa investir até 30% dos seus activos líquidos nos mercados accionistas.
Os investidores viram-se cada vez mais para os Estados Unidos, à espera de boas notícias, onde se aguardam para quinta-feira os números do crescimento.
Jorge Silva, jornalista da Televisão de Macau, explicou à RFI este contexto de pânico nas bolsas internacionais a partir da China, sublinhando o facto de há dois meses atrás a Bolsa de Xangai ter registado uma forte quebra.
Jorge Silva, Televisão de Macau
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