Ucrânia: Sobe para dez o número de mortos em Odessa

Sobe para dez o número de mortos em Odessa, vítimas de um ataque russo. Kiev pede, mais uma vez aos parceiros ocidentais, mais munições para responder aos ataques de Moscovo.

Uma mulher e um bebé de oito meses foram encontrados este domingo, 03 de Março, nos escombros do prédio atingido na noite de sexta-feira para sábado por um drone russo em Odessa. © Oleksandr Gimanov / AFP

Uma mulher e um bebé de oito meses foram encontrados este domingo, 03 de Março, nos escombros do prédio atingido na noite de sexta-feira para sábado por um drone russo em Odessa, elevando assim o número de mortos para dez.

Este ataque russo, com um aparelho aéreo não tripulado visou um prédio de nove andares nesta cidade portuária no Mar Negro. As autoridades ucranianas não avançaram, no entanto, o número de feridos, embora os socorristas tenham mencionado oito feridos confirmados.

O presidente ucraniano denuncia o "terror" diário russo que "visa exclusivamente destruir vidas e intimidar". Volodymyr Zelensky voltou a pedir aos aliados ocidentais mais munições, sistemas de defesa aérea e aviões de combate para enfrentar o exército russo.

A Ucrânia dá ainda conta de 17 ataques com drones 'kamikaze' em várias partes do país, 14 foram abatidos e pelo menos outras cinco pessoas morreram.

Por outro lado, o Ministério da Defesa russo afirmou neste domingo que foram abatidos 38 drones ucranianos sobre os céus da península anexada da Crimeia. 

Moscovo acusa Kiev de tentar cometer “um acto terrorista” contra o território russo.

As autoridades russas esperam uma intensificação dos ataques à medida que se aproxima o aniversário da anexação, que será comemorado no dia seguinte às eleições presidenciais, nas quais o actual chefe do Kremlin, Vladimir Putin, tentará a reeleição.

Entretanto, o representante do Governo chinês para Assuntos da Eurásia, Li Hui, chegou à Rússia para retomar as negociações internacionais sobre a iniciativa de paz de Pequim.

A iniciativa de paz chinesa, apresentada em meados de 2023, foi recebida com cepticismo desde o início, uma vez que defende a integridade territorial dos países, mas não se refere à anexação russa de quatro regiões ucranianas ou à retirada das tropas russas.