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Turquia/NATO

Turquia aprova protocolo de adesão da Suécia à NATO

A Suécia deu ontem mais um passo rumo à adesão à NATO, depois do parlamento turco ter aprovado o protocolo de adesão daquele país escandinavo à Aliança Atlântica. 

Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia.
Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia. AP - Mindaugas Kulbis
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A Suécia deu ontem, 23 de Janeiro, mais um passo rumo à adesão à NATO, depois do parlamento de Ancara ter aprovado o protocolo de adesão daquele país escandinavo à Aliança Atlântica

Uma larga maioria de deputados turcos (287 votos a favor, incluindo deputados da coligação governamental, que apoia o presidente Recep Tayyip Erdogan, e do maior partido da oposição, 55 contra e 4 abstenções) pôs um ponto final ao veto turco à entrada da Suécia na NATO, que durava há 18 meses.

Erdogan aceitou negociar a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO, desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, na cimeira de Julho de 2022, em Madrid. A Finlândia acabou por ver o processo ratificado por todos os membros da Aliança Atlântica em Abril do ano passado, mas Ancara continuou a bloquear a adesão da Suécia, porque considerava que aquele país não cumpria as promessas dadas à Turquia, sobretudo relacionadas com limitações às actividades de apoio e financiamento do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão, separatista curdo, considerado uma organização terrorista por Ancara, mas também pela própria União Europeia e pela NATO) em território sueco.

A Suécia acabou por adoptar uma nova lei antiterrorista, e começou a investigar esses temas, tendo mesmo condenado, pela primeira vez, alguns elementos da vasta diáspora curda no país por terrorismo, mas as cíclicas manifestações curdas nas ruas de Estocolmo, durante as quais eram desfraldadas bandeiras do PKK, frustravam Erdogan.

Mais recentemente, o presidente turco exigiu, também, que para ratificar a entrada da Suécia na NATO, os EUA deveriam desbloquear a venda de aviões F-16 à Turquia, num contrato global de cerca de 20 mil milhões de euros. Nas últimas semanas, a administração Biden enviou várias mensagens que o Congresso poderia levantar o seu veto, caso Ancara ratificasse a adesão da Suécia.

Todos os olhos se viram agora para Washington – que tem de enviar sinais positivos a Ancara, e para o parlamento húngaro – que também ainda não ratificou a adesão da Suécia à NATO, e é agora o último. O Governo de Viktor Orban sempre disse que o faria assim que a Turquia avançasse, e ontem Orban convidou o primeiro-ministro sueco a visitar a Hungria para “negociar o dossier”. Estocolmo respondeu que não há nada a negociar e que espera uma ratificação em breve. O problema é que o parlamento de Budapeste está de férias nos próximos dias. Estocolmo pode ter de esperar.

 

 

 

 

 

 

 

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