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Iémen

Iémen: Novo ataque norte-americano contra rebeldes Houthis

O exército norte-americano atacou este sábado, 13 de Janeiro, locais controlados pelos Houthis no Iémen, depois dos rebeldes terem aumentado as ameaças ao tráfego marítimo internacional no Mar Vermelho. As Nações Unidas pedem "a todas as partes que evitem uma escalada (...) em prol da paz e da estabilidade no Mar Vermelho e em toda a região". 

O exército norte-americano atacou este sábado, 13 de Janeiro, locais controlados pelos Houthis no Iémen, depois dos rebeldes terem aumentado as ameaças ao tráfego marítimo internacional no Mar Vermelho.
O exército norte-americano atacou este sábado, 13 de Janeiro, locais controlados pelos Houthis no Iémen, depois dos rebeldes terem aumentado as ameaças ao tráfego marítimo internacional no Mar Vermelho. AP - Hani Mohammed
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Ao início do dia, o canal Houthi, al-Masirah, deu conta de ataques em pelo menos um local da capital Sanaa: "O inimigo americano-britânico está a atacar a capital, Sanaa, com vários ataques".

O Comando dos Estados Unidos para o Médio Oriente (Centcom) confirmou o ataque por volta das 03h45 locais de sábado "contra um radar no Iémen".

No contexto da guerra entre Israel e o Hamas, a tensão aumentou no Mar Vermelho nas últimas semanas, com ataques dos Houthis contra o tráfego marítimo em solidariedade com a Faixa de Gaza.

No início de sexta-feira, ataques americanos e britânicos atingiram locais militares controlados pelos Houthis, que dominam várias regiões do Iémen, incluindo a capital, Sanaa.

O presidente norte-americano, Joe Biden, ameaçou o recurso a mais ataques caso os Houthis não interrompam os seus disparos no Mar Vermelho.

Os rebeldes por seu lado, ameaçam retaliar os interesses dos Estados Unidos e do Reino Unido, países que agora consideram "alvos legítimos".

Após os ataques de sexta-feira, os Houthis dispararam "pelo menos um míssil" que, segundo o exército americano, não atingiu nenhum navio.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou "a todas as partes que evitem uma escalada (...) em prol da paz e da estabilidade no Mar Vermelho e em toda a região".

Joe Biden refere uma operação “defensiva” realizada "com sucesso", para proteger o comércio internacional. Washington acusa os Houthis de terem ignorado os "repetidos avisos da comunidade internacional". O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, qualificou os ataques como medidas "necessárias (...) em legítima defesa".

Posição diferente tem a Rússia, Moscovo acusa Joe Biden de ter ordenado o ataque ao Iémen como forma de distrair os eleitores do fracasso na Ucrânia e dos problemas internos do país. O Kremlin fala em ataques "ilegítimos do ponto de vista do direito internacional", tal como o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que diz tratar-se de uma resposta "desproporcional".

O Irão, aliado crucial dos Houthis e considerado o inimigo número um de Israel, condenou o que chamou de "violação flagrante da soberania" do Iémen. 

Os ataques dos Houthis já levaram muitos armadores a evitar o corredor do Mar Vermelho entre a Europa e a Ásia, por onde passa 12% do comércio mundial.

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