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Religião

Na sua mensagem 'Urbi et Orbi', o Papa denuncia a "situação desesperada" de Gaza

Na sua tradicional mensagem 'Urbi et Orbi' de Natal, o Papa Francisco denunciou a situação humanitária em Gaza, implorou pela paz na Ucrânia e evocou designadamente os conflitos no Sudão, no Sudão do Sul e na RDC. "É preciso dizer não às armas", disse o sumo pontífice ao meio-dia, a partir da Basílica São Pedro de Roma.

Papa Francisco durante bênção 'Urbi et Orbi' neste dia 25 de Dezembro de 2023, em Roma.
Papa Francisco durante bênção 'Urbi et Orbi' neste dia 25 de Dezembro de 2023, em Roma. AP - Gregorio Borgia
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Como todos os anos, na sua mensagem pronunciada diante de milhares de peregrinos e transmitida pelo mundo fora, o Papa Francisco recordou os principais conflitos e focos de tensão no mundo, denunciando quem lucra com a guerra. "Para dizer 'não' à guerra, é preciso dizer 'não' às armas. Como é que se pode falar de paz, se aumentamos a produção e o comércio das armas?", questionou o chefe religioso.

Ao evocar a situação no Médio Oriente, o Papa Francisco renovou o veemente pelo à paz que fez ontem à noite por ocasião da Missa de Natal. "Carrego no coração a dor pelas vítimas do horrível ataque do passado dia 7 de Outubro e renovo um veemente apelo pela libertação daqueles que continuam detidos como reféns. Suplico que cessem as operações militares, com a sua terrível sequência de vítimas civis inocentes, e que se resolva a situação humanitária desesperada abrindo o caminho para a chegada da ajuda humanitária (em Gaza)", disse o Sumo Pontífice.

Referindo-se à situação a longo prazo naquela região, o pontífice lançou um apelo para que se "resolva a questão palestiniana, através de um diálogo sincero e perseverante entre as partes, apoiado por uma forte vontade política e pelo apoio da comunidade internacional".

Os restantes conflitos activos noutras partes do mundo não foram esquecidos, nomeadamente a Ucrânia que, pela primeira vez, celebrou o Natal de acordo com o calendário católico e não o calendário ortodoxo, em sinal de desafio a Moscovo. "Imploro pela paz na Ucrânia", disse o sacerdote a expressar também o desejo "que chegue o dia da paz definitiva entre a Arménia e o Azerbaijão", depois de a Arménia ter sido derrotada em Setembro no conflito que a opunha ao Azerbaijão em torno do controlo do enclave de Nagorno Karabakh.

Após mencionar os conflitos também vigentes na Síria, o Iémen e o Líbano, por quem disse rezar na expectativa que esses países possam "recuperar rapidamente a estabilidade política e social", o Papa Francisco também evocou as guerras que estão a decorrer em África."Chamo a atenção para os conflitos ainda vigentes na região do Sahel, no Corno de África, no Sudão, nos Camarões, na República Democrática do Congo e no Sudão do Sul", disse o religioso.

Noutro aspecto, o Sumo Pontífice disse alimentar a esperança que a península coreana possa trilhar "percursos de diálogo e de reconciliação que possam criar as condições para uma paz duradoura" e, ao evocar a situação do continente americano, o Papa exortou "as autoridades políticas e todas as pessoas de boa vontade" a "superar as dissensões sociais e políticas" para combater a pobreza e "enfrentar o doloroso fenómeno das migrações".

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