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Irão/Protestos

Irão: dezenas de mortos e centenas de detidos nas manifestações

No Irão, oito dias após a morte de Mahsa Amini, as manifestações continuam. O último balanço dá conta de 35 mortos, segundo os meios de comunicação do Estado, 50 vítimas mortais nas contas da ONG da oposição Iran Human Rights, sedeada em Oslo.

Manifestação em Teerão a 21 de Setembro de 2022.
Manifestação em Teerão a 21 de Setembro de 2022. via REUTERS - WANA NEWS AGENCY
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O último balanço das manifestações no Irão dá conta de 35 mortos segundo os meios de comunicação do estado, e 50 vítimas mortais nas contas da ONG da oposição Iran Human Rights, sedeada em Oslo.

Oito dias após a morte de Mahsa Amini, uma mulher de 22 anos detida pela polícia da moralidade por ter colocado de forma incorrecta o véu, os protestos continuam no país.

Apesar da dificuldade na verificação e certificação das imagens, vídeos provenientes do Irão continuam a ser publicados nas redes sociais, dando conta de manifestações nas ruas com palavras de ordem contra o regime. Muitos jovens, mulheres sem véu e também homens em protesto. Há igualmente o registo da repressão por parte das forças policiais.

Um vídeo, difundido e verificado pela agência AFP, mostra um homem em uniforme a apontar uma arma aparentemente em direcção aos manifestantes e a atirar. As imagens foram registadas em Shahre Rey, no sul de Teerão.

O regime iraniano está determinado em terminar com a rebelião e fala em complô orquestrado pelo Ocidente. No norte do país, o chefe de polícia da província de Guilan anunciou a detenção de “739 manifestantes, incluindo 60 mulheres”.

As autoridades reduziram o acesso à internet e às redes sociais, mas isso não tem impedido os iranianos de continuar a documentar a situação no terreno. O Comité para a protecção dos Jornalistas, organismo de vigilância dos média baseado nos EUA, indica que 11 jornalistas foram detidos no Irão desde segunda-feira.

As manifestações foram desencadeadas com a morte de Mahsa Amini. Uma jovem de 22 anos, detida a 13 de Setembro em Teerão pelo “uso de roupa desapropriada” pela polícia da moralidade, encarregue de fazer cumprir as rígidas regras do código de conduta do vestuário permitido da república islâmica. Mahsa Amini morreu, no hospital, três dias após a detenção.

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