Ucrânia: um terço da população é refugiada ou deslocada
A guerra na Ucrânia entra, esta terça-feira, no seu quarto mês, numa altura em que as tropas russas concentram a ofensiva na última bolsa de resistentes na região de Lugansk, no Donbass. Ontem, no Fórum Económico Mundial de Davos, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky pediu “sanções máximas” contra Moscovo.
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Em três meses, milhares de pessoas, civis e militares, morreram, sem que seja conhecido qualquer balanço oficial. Apenas na cidade de Mariupol, as autoridades ucranianas falam em pelo menos 20.000 mortos. No plano militar, o Ministério da Defesa ucraniano avalia as perdas russas em 29.200 homens, 204 aviões e perto de 1300 tanques desde o início da invasão a 24 de Fevereiro, todavia Kyiv não fornece qualquer elemento sobre as suas próprias perdas.
A guerra na Ucrânia alterou drasticamente a demografia do país: mais de oito milhões de deslocados internos segundo a Organização Internacional para as Migrações e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. A estes acrescem-se 6.5 milhões de ucranianos que fugiram para o estrangeiro.
Contas feitas, perto de um terço da população ucraniana é refugiada ou deslocada. 14.5 milhões de pessoas já não vivem nas suas casas e diz o presidente Volodymyr Zelensky, que “as próximas semanas serão difíceis”.
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