Presidente ucraniano diz que só a diplomacia pode acabar com a guerra
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou, este sábado, que só a diplomacia pode pôr fim à guerra na Ucrânia, numa altura em que as negociações entre Moscovo e Kiev estão num impasse. Hoje, o primeiro-ministro português, António Costa, vai reunir-se com Volodymyr Zelensky, em Kiev, depois de ter estado em Irpin, onde os ucranianos travaram a progressão russa até à capital da Ucrânia.
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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou, este sábado, que apenas a diplomacia pode pôr fim à guerra na Ucrânia. "O fim [do conflito] será diplomático", declarou Zelensky, numa entrevista a um canal de televisão ucraniano.
“As discussões entre a Ucrânia e a Rússia terão de acontecer. Não sei em que formato: com intermediários, sem eles, num círculo mais amplo, ao nível presidencial", disse, sublinhando que "há coisas que só podemos conseguir na mesa de negociações”.
A 17 de Maio, um assessor do Presidente ucraniano, Mykhaïlo Podoliak, disse que as negociações entre Moscovo e Kiev estavam "em pausa” porque Moscovo não mostrava qualquer "compreensão" da situação. No dia seguinte, o Kremlin acusou a Ucrânia de "total falta de vontade" em negociar com a Rússia.
Hoje, o primeiro-ministro português, António Costa, está na Ucrânia para manifestar solidariedade ao povo ucraniano e reunir-se com Volodymyr Zelensky. Esta manhã, o chefe do governo português esteve em Irpin, a cinco quilómetros a noroeste de Kiev, onde foi travada a progressão russa até à capital e onde os combates de finais de Fevereiro e Março destruíram grande parte das infra-estruturas.
Depois de ouvir relatos sobre o que aconteceu na cidade, António Costa afirmou: “Estou impressionado com a brutalidade do que aconteceu com as populações civis".
"Sabemos que a guerra é sempre dramática, mas a guerra tem regras. Aqui, já não estamos a falar de uma guerra normal, mas de actos verdadeiramente criminosos”, declarou.
Entretanto, o exército russo continua a ofensiva contra o leste da Ucrânia, onde os combates são intensos. Também este sábado, o exército russo indicou que foi destruído um importante stock de “armas e equipamentos militares entregues pelos Estados Unidos e países europeus” na região de Jytomyr, 140 quilómetros a oeste da capital.
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