Paris quer adaptação da força Barkane e cooperação com G5 Sahel
Um ano depois da cimeira de Pau, a França está desde ontem e hoje em cimeira na capital chadiana, Ndamena, com os seus parceiros do G5 Sahel. Por razões sanitárias devido à Covid, o Presidente francês, Macron, participar nesta cimeira via video conferência, altura para se fazer o balanço da situação de segurança o Sahel e propor uma evolução da operação militar Barkane.
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A França e os seus parceiros do G5 Sahel, estão reunidos em cimeira desde ontem em Ndjamena, capital do Chade, para fazer o balanço da situação de segurança naquela região e projectar a operação militar Barkane em novos moldes.
A parceria militar operacional Barkane que combina soldados franceses e malianos entre outros funciona, mas tem sido difícil neutralizar os grupos terroristas que operam na zona das três fronteiras, Mali, Níger e Burkina Faso.
A proposta do Presidente francês, Emmanuel Macron, é adaptar a operação Barkane a novos moldes com um reforço da cooperação dos exércitos sahelianos e mesmo uma internacionalização não focalizando tudo na força francesa.
Emmanuel Macron, presidente francês, 16/2/2021
"Penso, que, numa perspectiva de curto e médio prazos, temos de fazer evoluir a operação Barkane, fazendo-a passar duma lógica de operação exterior praa lógicas muito mais concentradas na luta contra o terrorismo e a cooperação com os exércitos da região.
O que quer dizer, progressivamente, em função de resultados que obtivermos e do ritmo negociado em moldes de parceria, logo ter uma força extremamente estruturada à volta da presença francesa, mas sahelorizada e internacionalizada de lutas contra grupos terroristas com intervenção rápida e de projecção, uma cooperação no tempo ao lado dos exércitos sahelianos reforçados nesse sentido."
Cimeira de sobressalto político e diplomático
De notar, que a situação é crítica na zona do Sahel e Al Qaeda no Magrebe islâmico, surge cada vez mais como a nova ameaça.
Logo, o próprio comandante da força francesa, Barkane, general Conruyt, que se mostra preocupado com a situação, considera ser pouco oportuno reduzir as tropas.
Aliás, Paris, teme que haja uma extensão da nebulosa terrorista em direção de países do golfo da Guiné.
Se a cimeira de Pau, em França, foi um sobressalto militar, a presente cimeira de Ndjamena, tem de ser um sobressalto político, diplomático e de desenvolvimento, dizem fontes francesas.
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