G5 Sahel e França reunem-se em cimeira para avaliar operação anti-jihadista
Os cinco países do Sahel e a França reunem-se em cimeira até esta terça-feira em N'Djamena, com a participação do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, por videoconferência. O objectivo deste novo encontro, um ano depois de Pau, no sudoeste da França, é avaliar a situação da luta anti-jihadista na região e redefinir as prioridades da operação Barkhane, bem como rever o dispositivo militar francês.
Publicado a:
Um ano depois da cimeira de Pau, os cinco países do Sahel e a França reunem-se até terça-feira para redifinir as prioridades da operação Barkhane, assim como ajustar o dispositivo militar francês, que participa na luta contra os islamistas no Mali, desde há oito anos .
O governo francês deseja que os seus aliados assumam não só a continuidade das operações militares, mas também nos planos político e diplomático.
No seu discurso de abertura da cimeira de dois dias, o Presidente do Chade, Idriss Déby Itno, apelou urgentemente a comunidade internacional a redobrar os seus esforços financeiros, para contribuir imperativamente para o desenvolvimento do Sahel, de forma a lutar contra a pobreza e a implantação do terrorismo.
Com excepção de Emmanuel Macron, que não se deslocou à N'Djamena devido à crise sanitária , Idriss Déby, estava rodeado pelos seus homólogos da Mauritânia, Mohamed Ould Cheikh El Ghazouani, do Mali, Bah Ndaw , do Burkina Fasso, Roch Christian Kaboré e do Níger, Mahamdou Issoufou, assim como do chefe de Estado do Gana, Nana Akufo-Addo, presidente em exercício da CEDEAO.
A cimeira que reune os cinco Estados do Sahel e a França, assim como vários parceiros internacionais, decorre um ano depois do encontro de Pau, no sudoeste da França, que contribuiu para o reforço da presença militar francesa no Mali, no âmbito da operação Barkhane.
Confrontada com as interrogações da sua opinião pública e com o elevado custo humano e financeiro da sua operação anti-jihadista ,a França considera que a solução não pode ser unicamente militar. Desde que a França iniciou a sua operação no Mali, 55 militares seus perderam a vida.
O Governo francês deseja que os seus parceiros do Sahel, se empenhem mais politicamente, para que seja aplicado o acordo assinado com a ex-rebelião no norte do Mali.
Os militares que governam o Mali, preconizam um diálogo com os chefes jihadistas malianos Iyad Ag Ghaly e Amadou Koufa. Esta hipótese, é oficialmente excluída pelas autoridades de Paris.
Segundo fontes da presidência francesa, a cimeira de N'Djamena, deveria ao contrário acelerar o esforço do G5 Sahel, para visar a alta hieraquia do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), aliança jihadista associada à rede Al-Qaeda.
Os chefes do GSIM, são Iyad Ag Ghaly e Amadou Koufa.
Cimeira do G5 Sahel
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro