Polícia de Hong Kong prendeu dezenas de activistas pró-democracia
A polícia de Hong Kong prendeu hoje dezenas de activistas acusados de violação da lei de segurança nacional naquilo que constitui a repressão mais importante da oposição na região administrativa especial desde que a China impos essa lei.
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A vasta operação policial levada a cabo esta madrugada na antiga colónia britânica está relacionada com a votação oficiosa e independente organizada pela oposição em julho passado para designar candidatos às eleições legislativas que foram adiadas.
Segundo a imprensa local, a polícia levou também a cabo rusgas nas instalações de um Instituto de sondagem, de um gabinete de advogados e de vários orgãos de imprensa, Apple Daily, Stand News e Immediahk.
O secretário da Segurança de Hong Kong, confirmou que várias pessoas suspeitas de querer derrubar o governo local foram presas no quadro duma operação da polícia. Falando no parlamento local, John Lee, declarou que o governo não tolerará actos de subversão.
Democratas em Hong Kong e chefe da diplomacia britânica denunciam atentado ao direito e liberdades
Antes, o partido democrático e vários grupos nas redes sociais anunciaram a prisão de de dezenas de activistas e políticos pró-democracia, alimentando receios sobre uma viragem autoritária iniciada há seis meses com a entrada em vigor da lei de segurança nacional.
Também o chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, denunciou a prisão de cerca de 50 figuras da oposição como um atentado grave aos direitos e liberdades.
Hong Kong e Pequim, consideram a lei necessária para repor a ordem no território depois das manifestações violentas anti-governamentais de 2019.
Pelo contrário, o movimento pró-democracia vê na lei, uma repressão das liberdades dos habitantes de Hong Kong, já que pune o que a China define como sendo actos de secessão, subversão, terrorismo e conivência com potências estrangeiras.
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