O último adeus do Reino Unido à UE
Desde as 23 horas TMG da noite passada que o Reino Unido deixou de estar vinculado ao Mercado Europeu, passando a contar doravante com uma parceria com os 27 Estados-membros que lhe permitem, ainda assim, ter acesso privilegiado à União Europeia.
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Foi a última despedida dos britânicos da União Europeia. Com o fim do período de transição, o Reino Unido deixou o Mercado único, o Tribunal Europeu de Justiça e acaba com a liberdade de circulação.
O Brexit tornou-se realidade na noite passada.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, quer virar a página, começar um novo capítulo na história, lançando o país à conquista do mundo, mantendo uma parceria com o vizinho mais próximo.
Um acordo de comércio reteve alguns dos laços económicos, mas não eliminou as barreiras que vão passar a existir, administrativas e regulatórias.
Em aberto ficaram questões como o acesso dos serviços financeiros ao mercado europeu, transferência de dados e normas sanitárias para produtos alimentares.
As quotas de pesca terão de ser renegociadas dentro de cinco anos e o alinhamento da Irlanda do Norte com as regras europeias terá de ser renovado em 2025.
Com o Brexit, o Reino Unido abandona igualmente o programa de intercâmbio estudantil Erasmus. Boris Johnson sublinhou tratar-se de uma decisão "difícil", mas explicou que, embora tenha sido "maravilhoso" receber tantos estudantes europeus, o programa Erasmus era "extremamente caro" para o Reino Unido.
Hélder Macedo, professor no King's College de Londres lamenta esta decisão.
Hélder Macedo sobre o programa Erasmus
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