Demissão de 3 dirigentes do Rio Tinto que destruiu património aborígene na Austrália
A multinacional anglo-australiana Rio Tinto que até 2014 explorava carvão no centro de Moçambique está no centro de uma ampla controvésia que obrigou inclusive o seu patrão a demitir-se. Em causa está a destruição de uma antiga gruta arqueológica aborígene.
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O director geral do grupo Rio Tinto, o francês, Jean-Sébastien Jacques e dois outros dirigentes demitiram-se hoje no seguimento da destruição com explosivos em maio de uma gruta aborígene na Austrália.
Desde então os accionistas não esconderam a sua raiva contra o grupo anglo-australiano na origem da explosão da escavação subterrânea de Juukan Gorge, na Austrália.
Depois de um conselho da administração sobre o incidente, o Presidente, do grupo, Simon Thompson, anunciou a demissão após acordo entre as partes do francês, Jean-Sébastien Jacques e de dois outros dirigentes do grupo, Chris Salisbury e Simone Niven.
Erro grave destruição de um património arqueológico
"O que se passou em Juukan foi um erro grave e estamos determinados a fazer com que a destruição de um tal património arqueológico mundial" habitado há 46.0000 anos pelos aborígenes, não se repita durante uma operação de Rio Tinto", declarou o Presidente do grupo, num comunicado.
O francês, Jean-Sébastian Jacques, permanecerá em funções até março altura em que deve ser nomeada a pessoa que o substituirá.
Ele e os é outros dirigentes do grupo, Chris Salisbury e Simone Niven, já tinham renunciado a um bónus a que tinham direito, nomeadamente, de 3 milhões de euros para o francês, Jacques.
Os accionistas e instâncias encarregadas da reponsabilidade da empresa consideraram a medida insuficente tendo reclamado à demissão dos 3 dirigentes do grupo Rio Tinto, na Austrália.
Demissões na Rio Tinto
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