Japão eleva ao nível 3 a gravidade do vazamento em Fukushima

A autoridade de regulação nuclear do Japão elevou, nesta quarta-feira, dia 21 de agosto, do nível 1 ao 3 a gravidade do vazamento de 300 toneladas de água altamente radioativa na usina de Fukushima. A classificação no nível 3 no ranking, que vai de zero a 7, corresponde a uma "contaminação grave" devido à eliminação de uma grande quantidade de material radioativo.

Funcionários da Tepco trabalham ao lado do reator n°4 de Fukushima, em Fukushima, em foto de arquivo. REUTERS/Issei Kato/Files

Ontem, a Tepco, empresa que administra a central, conseguiu localizar o reservatório onde o vazamento foi registrado e avaliou em 300 toneladas a quantidade de água radioativa que escapou. A companhia tenta agora recuperar o líquido contaminado que se infiltrou no solo. Na cisterna, ainda restam 670 toneladas de água radioativa que devem ser transferidas a um outro reservatório.

A exposição dos trabalhadores da usina ultrapassa agora dez vezes o limite permitido. Desta forma, um funcionário exposto a este nível de radiação acumularia, em uma hora, a dose máxima autorizada em cinco anos de serviço no setor nuclear do Japão.

A Tepco não tem poupado esforços para resolver os problemas de vazamento radioativo que se repetem em Fukushima. Tanto a empresa como o governo japonês admitem que o maior problema concerne o estoque dos milhões de litros de água contaminada. O líquido deveria passar por um sistema de descontaminação, mas que, no momento, está sendo reparado.

Recentemente, a empresa informou que cerca de 300 toneladas de água radioativa vem sendo despejadas no oceano Pacífico por dia, alarmando o governo japonês. A empresa trabalha, todos os dias, para resfriar cerca de 400 toneladas de água contaminada.