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Parlamento Europeu

“Qatargate”: Parlamento Europeu promete luta contra ingerência estrangeira

Um mês após as revelações sobre o escândalo de corrupção “Qatargate”, os deputados europeus reuniram-se, esta segunda-feira, em sessão plenária. Em Estrasburgo, Roberta Metsola disse que o Parlamento Europeu não é “uma torre de marfim imaginária”. 

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola na sessão plenária de 16 de Janeiro de 2023.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola na sessão plenária de 16 de Janeiro de 2023. © AP - Jean-Francois Badias
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No início da primeira sessão do ano do Parlamento Europeu, Roberta Metsola anunciou ter recebido por parte das autoridades belgas o pedido de levantamento da imunidade parlamentar dos eurodeputados Andrea Cozzolino e Marc Tarabella, no âmbito do Qatargate. Metsola acrescentou que os pedidos foram transmitidos à Comissão de Assuntos Jurídicos para deliberação.

A presidente do parlamento lembrou que o Parlamento Europeu não é “uma torre de marfim imaginária” e insistiu que os 705 eurodeputados devem trabalhar para “aumentar a integridade, independência e responsabilidade”.

Roberta Metsola prometeu ainda uma acção rápida e exemplar para reformar o parlamento e impedir “qualquer abuso” no futuro. 

A eleição de um novo vice-presidente do Parlamento Europeu vai realizar-se amanhã, quarta-feira, na sequência da saída de Eva Kaili por causa do “Qatargate”.

A meio de Dezembro, a eurodeputada socialista grega Eva Kaili, também uma das vice-presidentes do Parlamento Europeu, foi detida pelas autoridades belgas, ao mesmo tempo que o seu companheiro e assessor parlamentar Francesco Giorgi, o ex-eurodeputado italiano Pier-Antonio Panzeri  e o dirigente da ONG "No Peace Without Justice" Niccolo Figa-Talamanca.

Os quatro foram indiciados por "organização criminosa", "lavagem de dinheiro" e "corrupção", num caso relacionado com uma suposta tentativa do Qatar e de Marrocos para influenciar a política da União Europeia.

A investigação conduzida pelo juiz belga Michel Claise levou a cerca de vinte operações de busca na Bélgica, entre os dias 9 e 12 de Dezembro, algumas a residências e escritórios de deputados do Parlamento Europeu.

Na operação a polícia belga apreendeu pelo menos 1,5 milhões de euros em notas.

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