"Qatargate" em destaque na primeira sessão do ano do Parlamento Europeu
Um mês após as revelações sobre o escândalo de corrupção “Qatargate”, os deputados europeus reúnem-se em sessão plenária de hoje até dia 19 de Janeiro. Em cima da mesa, a questão do levantamento da imunidade de dois eurodeputados.
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“Os responsáveis encontrarão um parlamento do lado da lei”. Desde o início do mês que a presidente do Parlamento Europeu Roberta Metsola garante que a sua instituição tudo fará para ajudar nas investigações. Esta segunda-feira, em Estrasburgo, Metsola deve anunciar a abertura do processo para o levantamento de imunidade de dois eurodeputados implicados no caso “Qatargate”, são eles, o italiano Andréa Cozzolino e o belga Marc Taraballa, ambos sociais-democratas.
A comissão de assuntos jurídicos deve, de seguida, estudar o dossier. Será apenas no próximo mês, na sessão plenária de Fevereiro, que os eurodeputados se vão pronunciar através do voto sobre a questão do levantamento da imunidade parlamentar a estes dois eurodeputados. De Estrasburgo, a notícia de que nenhum grupo parlamentar se opõe ao levantamento, pois também permitirá clarificar o caso.
A meio de Dezembro, a eurodeputada socialista grega Eva Kaili, também uma das vice-presidentes do Parlamento Europeu, foi detida pela autoridades belgas, ao mesmo tempo que o seu companheiro e assessor parlamentar Francesco Giorgi, o italiano Pier-Antonio Panzeri, ex-eurodeputado socialista, e o dirigente da ONG "No Peace Without Justice" Niccolo Figa-Talamanca.
Os quatro foram indiciados por "associação a uma organização criminosa", "lavagem de dinheiro" e "corrupção", num caso relacionado com uma suposta tentativa do Qatar em influenciar a política da União Europeia.
A investigação conduzida pelo juiz belga Michel Claise levou a cerca de vinte operações de busca na Bélgica, entre os dias 9 e 12 de Dezembro, algumas a residências e escritórios de deputados do Parlamento Europeu.
Na operação a polícia belga apreendeu pelo menos 1,5 milhões de euros em notas.
No seguimento deste caso, Roberta Metsola prometeu, no mês passado, um “pacote de amplas reformas” de forma a recuperar a credibilidade e transparência da instituição.
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