Austrália quebrou contrato de compra de 12 submarinos franceses
A Austrália voltou atrás quanto à suposta compra do século de 12 submarinos à França, contrato assinado em 2019 orçada em 34 mil milhões de euros. A Austrália acaba de anunciar ter optado por uma parceria estratégica com os Estados Unidos e o Reino Unido. O presidente americano, Joe Biden, procurou, ainda assim, tranquilizar a França como parceiro chave.
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Na altura da assinatura o contrato foi anunciado como o maior que a Austrália tinha firmado em 50 anos.
O concourso tinha sido ganho pelo Naval Group (antiga DCNS) em 2016.
O chefe do executivo australiano, Scott Morrison, justificou esta opção pela necessidade de conseguir embarcações de propulsão nuclear, mais adaptadas às ameaças regionais, submarinos "mais potentes, mais resistentes mais rápidos e mais discretos."
Em França o facto de o Naval Group ficar de fora do negócio poderia ameaçar centenas de empregos (pelo menos 500 distribuídos entre Cherbourg, Angoulême, Nantes e Toulon.
Numa entrevista com a RFI a ministra francesa da defesa, Françoise Parly, alega ser "grave" a "ruptura da palavra". O chefe da diplomacia de Paris, Jean-Yves Le Drian, denuncia, por seu lado um "golpe nas costas" e pede explicações a Camberra.
A parceria estratégica entre a Austrália, os Estados Unidos, o Reino Unido vem pôr cobro a este chorudo negócio para a França.
O presidente norte-americano, Joe Biden, tentou, ainda assim, tranquilizar a França quanto ao facto de ser um parceiro chave dos Estados Unidos.
"Trata-se de investir na nossa maior valia, as alianças que temos. E renová-las para melhor enfrentar as ameaças de hoje e de amanhã.
Trata-se de melhor ligar os parceiros e aliados da América em novas formas e aumentar a nossa capacidade em colaborar, admitindo que nada pode separar os interesses dos nossos parceiros do Atlântico e do Pacífico.
Este esforço reflecte a tendência de alguns países europeus chave que desempenham um papel muito importante no Pacífico.
A França, em particular, tem já uma presença substancial no Pacífico e no Indico e é um parceiro chave na aliança que reforça a prosperidade e segurança da região.
Os Estados Unidos estão impacientes por trabalhar de forma mais próxima com a França e outros parceiros chave, à medida que vamos avançado."
Joe Biden, presidente norte-americano, 16/9/2021
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