Cabo Verde: Justiça arquiva processo contra Luís Filipe Tavares
Em Cabo Verde, o Ministério Público arquivou, por falta de provas, o processo de corrupção contra o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros. Luís Filipe Tavares era acusado de ter nomeado o Cônsul Honorário de Cabo Verde na Flórida, César do Paço, empresário ligado à extrema-direita, em troca de uma viatura topo de gama, avaliada em 45 mil euros.
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O Ministério Público explica, em nota, que o processo foi arquivado por não haverem indícios que provem que o ex-chefe da diplomacia cabo-verdiana nomeou o empresário português César do Paço como Cônsul Honorário nem que recebeu, em troca, uma viatura topo de gama no valor de 45 mil euros.
O Ministério Público pede ainda que sejam devolvidos os bens apreendidos ao ex-ministro na sequência da busca, revista e apreensão.
Em reação, o MPD, de Luís Filipe Tavares, partido no poder, congratula-se com a decisão da Justiça, acrescentando que este caso teve motivações políticas.
“Em face desta decisão, o MpD congratula o Dr. Luís Filipe Tavares, e reitera-lhe todo o nosso respeito. Lamentando, no entanto, que a sua imagem tenha sido, gratuitamente, vilipendiada na praça pública por detratores políticos e ampliada por uma certa imprensa. Não temos dúvidas de que todo o enredo criado, nas vésperas das Eleições Legislativas e Presidenciais de 2021, visava um fim político específico, derrubar o governo e o MpD”, disse secretário geral do MPD, Luís Carlos Silva, em conferência de imprensa, na cidade da Praia.
Recorde-se que no ano passado, nas vésperas das eleições legislativas, um canal de televisão português emitiu uma reportagem sobre alegados casos de corrupção, envolvendo o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Filipe Tavares e o empresário português, César do Paço, que tinha sido nomeado para o cargo de cônsul honorário de Cabo Verde na Flórida.
Na altura, alguns jornais apontaram Cesar do Paço como um “criminoso” e patrocinador do partido português de extrema-direita «Chega». Na sequência da polémica, Luís Filipe Tavares pediu demissão do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades e Ministro da Defesa
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