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Angola/Corrupção/Manuel Rabelais

Angola: inicio julgamento ex ministro Manuel Rabelais indiciado de corrupção

O julgamento de Manuel Rabelais, antigo ministro da comunicação social e ex director da GRECIMA, indiciado entre outros de corrupção, peculato, abuso de poder e branqueamento de capitais, começou nesta quarta-feira, 9 de dezembro, no Supremo Tribunal de Luanda, no âmbito da luta contra a corrupção levada a cabo pelo executivo do Presidente João Lourenço.

Começou a 9 de dezembro no Supremo Tribunal de Luanda o julgamento de Manuel Rabelais, antigo ministro e ex director do GRECIMA, indiciado, entre outros, de crimes de corrupção, peculato, branqueamento de capitais e abuso de poder, cometidos entre 2016 e 2017.
Começou a 9 de dezembro no Supremo Tribunal de Luanda o julgamento de Manuel Rabelais, antigo ministro e ex director do GRECIMA, indiciado, entre outros, de crimes de corrupção, peculato, branqueamento de capitais e abuso de poder, cometidos entre 2016 e 2017. © DR
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Próximo do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, Manuel Rabelais, dirigiu, segundo o Ministério Público de forma danosa o extinto Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração - GRECIMA, pelo que foi constituido arguido pela PGR.

Em outubro o parlamento angolano retirou a imunidade ao antigo ministro Manuel Rabelais, com 170 votos a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção e o seu mandato de deputado foi suspenso a pedido do Supremo Tribunal, onde responde a acusações de crimes de peculato, branqueamento de capitais, abuso de poder, associação criminosa, corrupção passiva e violação de normas de execução orçamental do GRECIMA entre 2016 e 2017.

Neste mesmo processo está igualmente arrolado como arguido Hilário Vicente, que entre 2016 e 2017 foi o seu adjunto e responsável para área financeira.

Se forem provados os crimes que é acusado,Manuel Rabelais arrisca—se a uma pena de prisão de 12 anos.

Segundo o Supremo Tribunal,vão ser igualmente julgados brevemente outros processos de corrupção, que envolvem figuras do regime de Luanda como José Filomeno dos Santos "Zenu" e Walter Filipe, respectivamente como ex responsável do Fundo Soberano de Angola e ex governador do Banco Nacional de Angola, Augusto Tomás, antigo ministro dos transportes, mas também Higino Carneiro, ex ministro das obras públicas e ex governador de Luanda e talvez mesmo o antigo vice-Presidente de angola Manuel Vicente, dado que na semana passada a PGR admitiu a possibilidade de apreciar a sua imunidade. 

Mas também os generais Hélder Vieira Dias "Kopelipa" ex ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente José Eduardo dos Santos e Leopoldino Fragoso do Nascimento "Dino" antigo chefe das comunicações do ex Presidente, que estão em regime de TIR e proíbidos de se ausentar do país, no âmbito do processo-crime em curso, no qual ambos são arguidos e indiciados, entre outros, de peculato, branqueamento de capitais e burla, num processo relacionado com uma linha de crédito de 2,5 mil milhões de dólares concedida pelo Banco Industrial e Comercial da China a Angola, ambos são suspeitos de se terem apropriado desses fundos por intermédio da empresa China International Fund - CIF, além de terem igualmente beneficiado de outros negócios no âmbito do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional.

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