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Angola/Liberdade de Imprensa

Angola: PGR entregou ao governo grupo Media Nova de figuras ligadas ao regime de JES

No âmbito do processo de recuperação de activos criados com fundos públicos, depois de ter tomado a 30 de Julho o controlo da TV Zimbo, Rádio Mais e do jornal O País, o governo angolano assegurou que não haverá interferências na linha editorial, nem estão em risco os postos de trabalho nesses orgãos de imprensa, pertencentes ao grupo privado "Media Nova", pertencente a altas figuras do regime de José Eduardo dos Santos.

Logótipo da televisão privada angolana TV Zimbo, que com a Rádio Mais e o jornal O País, todos do grupo privado Media Nova, entregues pela PGR ao governo a 30 de Julho, para eventual reprivatização.
Logótipo da televisão privada angolana TV Zimbo, que com a Rádio Mais e o jornal O País, todos do grupo privado Media Nova, entregues pela PGR ao governo a 30 de Julho, para eventual reprivatização. © TV Zimbo / Angola
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O monopólio do Estado na imprensa em Angola anima o debate da classe jornalística depois do Serviço Nacional de Activos da Procuradoria Geral da República, ter entregue ao Ministério das Telecomunicações, tecnologias de Informação e Comunicação Social, no passado dia 30 de Julho, a TV Zimbo,a Rádio Maise o jornal o País do grupo privado Media Nova, no quadro do combate à corrupção.

De acordo com o Ministério Público Angolano,a TV Zimbo,a Rádio Mais e o jornal o País, foram construídos com fundos públicos pelo grupo Média Nova,pertencente à altas figuras do regime de José Eduardo dos Santos, como o antigo vice-Presidente de Angola e ex-presidente da Sonangol Manuel Vicente e os generais Leopoldo "Dino" Fragoso do Nascimento e Helder Vieira Dias "Kopelipa".

O governo já garantiu, que não vai alterar as linhas editoriais dos referidos órgãos, que vão contar com comissões de gestão, com vista o seu saneamento financeiro e definir o seu futuro, que inclui a sua eventual privatização.

O Sindicato dos Jornalistas receia que o controle pelo Estado dos principais órgãos de comunicação social, ponha em causa os efeitos positivos em curso, decorrentes de uma maior liberdade de imprensa, que se regista actualmente em Angola.

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