Lucas Ngonda interrogado sobre desvios de fundo
Em causa está a acusação de desvio de dinheiros disponibilizados para as eleições de 23 de Agosto, além de imóveis e viaturas do FNLA.
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O líder da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Lucas Ngonda, foi constituído arguido e está a ser ouvido desde quinta-feira na Procuradoria-Geral da República (PGR), designadamente na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), devido a acusações referentes a um alegado desvio de dinheiro adjudicado ao partido para as eleições de 23 de Agosto.
Questionado, Lucas Ngonda confirmou que foi ouvido na condição de declarante por aquela instância judiciária, mas acredita que faz o seu trabalho com base na verdade material dos factos.
"Fui ouvido na PGR e é normal. Houve queixas das diversas questões que se passaram no seio do partido. É normal que a PGR faça o seu trabalho e vamos esperar que a PGR se certifique que desviei dinheiro. Onde há homens há sempre problemas", afirmou Lucas Ngonda.
“Nunca reuniu para se saber das contas do partido, muito menos explicou a forma como foi gasto o dinheiro do partido nas eleições”, comentou um dos antigos membros do Comité Central da FNLA, Joveth Sousa, para quem a crise instalada na FNLA é resultado da falta de visão do actual líder.
O político e também sociólogo desdramatizou o agudizar de uma propalada crise nas hostes dos “irmãos”, tendo atribuído tais “rumores”, que muitas vezes são levantados na imprensa, a indivíduos sem qualquer legitimidade à luz dos estatutos daquela formação político-partidária como nos conta o nosso correspondente em Luanda, Daniel Frederico.
Correspondente em Luanda, Daniel Frederico
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