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Mali

Mali : mais de 80 partidos e organizações reclamam presidenciais

Em dois comunicados distintos, mais de 80 partidos políticos e organizações da sociedade civil no Mali reclamaram a organização "o mais rapidamente possível" de presidenciais e o fim da transição neste país dirigido por uma junta militar desde o Golpe de Estado de 2020, ambos os comunicados sublinhando que o prazo da transição já terminou no passado dia 26 de Março.

Vista de Bamako, a capital do Mali.
Vista de Bamako, a capital do Mali. © Arensond-wikimedia.org
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Num comunicado divulgado ontem à noite, um primeiro grupo formado por associações e partidos políticos malianos "pede às autoridades em funções (...) que criem as condições para uma concertação rápida e inclusiva, para a criação de uma arquitectura institucional, a fim de organizar, o mais rapidamente possível, eleições presidenciais, sendo que os autores desse documento acrescentam ainda que irão recorrer a "todas as vias legais e legítimas, para o retorno" do Mali "à "ordem constitucional".

Noutra comunicação, a Rede dos Defensores dos Direitos Humanos no Mali (RDDHM), que junta cerca de cinquenta organizações locais, fez por sua vez um apelo à luta. "O país está a passar por enormes dificuldades e a transição não tem vocação a resolver todos os problemas do país. É tempo de sair deste impasse, tanto mais que o último adiamento da transição expirou no passado 26 de Março", sublinha o seu presidente Souleymane Camara ao apelar a um retorno à "ordem constitucional".

Recorde-se que a junta militar chefiada pelo coronel Assimi Goïta decretou, em Junho de 2022 que os militares iriam ceder o poder aos civis após um período de transição que terminaria a 26 de Março de 2024, na sequência de presidenciais então fixadas para o passado mês de Fevereiro.

Desde então, os militares anunciaram o adiamento das presidenciais mas não chegaram a anunciar nenhuma nova data, nem especificaram as suas intenções depois de se ultrapassar a data-limite de 26 de Março.

Desde os golpes militares de Agosto de 2020 e de Maio de 2021, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) envidou esforços em vão para limitar ao máximo a manutenção dos militares no poder.

Suspenso desde essa altura da organização sub-regional, o Mali anunciou no começo do ano a sua saída imediata da CEDEAO, em concertação com o Burkina Faso e o Níger, cujos actuais regimes também resultam de golpes militares.

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