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CEDEAO

CEDEAO reunida de urgência em Abuja em contexto de múltiplas crises

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, reúne-se hoje de urgência em Abuja, capital da Nigéria para evocar a crise política no Senegal e a recente decisão dos regimes militares do Burkina Faso, Níger e Mali de saírem da organização.

Militar diante das instalações da CEDEAO em Abuja, capital da Nigéria.
Militar diante das instalações da CEDEAO em Abuja, capital da Nigéria. AFP - KOLA SULAIMON
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Na reunião convocada de urgência em Abuja participam os chefes da diplomacia dos países-membros da CEDEAO, com excepção dos ministros dos negócios estrangeiros do Mali, Níger e do Burkina Faso cujos governos anunciaram há dias a sua saída imediata da organização regional.

Embora a CEDEAO tenha declarado, na altura, permanecer aberta à negociação, nenhum dos países mencionados deram sinais de mudar de intenções. No caso do Níger, o Presidente destituído em Julho de 2023, Mohamed Bazoum, não foi reconduzido nas suas funções e continua preso.

Foi neste contexto que, no começo da reunião, Omar Alieu Touray, presidente da comissão da CEDEAO, apelou os países-membros a permanecerem unidos. Referindo-se à crise do Senegal, representado na reunião pelos seus ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, o presidente da Comissão qualificou-a de "desenvolvimento preocupante".

Desde sábado, dia em que o Presidente Macky Sall anunciou a sua decisão de adiar as presidenciais inicialmente previstas para 25 de Fevereiro, o Senegal está mergulhado numa crise política inédita neste país considerado um pilar da democracia na região.

Na segunda-feira, a decisão presidencial foi validada pelos deputados do seu campo que fixaram as presidenciais para 15 de Dezembro, depois de terem sido expulsos da assembleia nacional os parlamentares da oposição. Uma situação perante a qual a CEDEAO, a União Africana e os Estados Unidos apelaram ao "restabelecimento imediato do calendário eleitoral" inicial.

Apesar de o Presidente senegalês ter dito ontem que pretende encaminhar um "processo de apaziguamento e reconciliação", não há sinais de acalmia. Um colectivo de grupos profissionais, religiosos e de acção cívica apelou hoje os senegaleses a fazer greve e manifestar massivamente contra o adiamento das presidenciais.

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